Prefeitura de SP fez boletim de ocorrência sobre fraude de vacinação de Bolsonaro

A Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência para apurar uma suposta vacinação em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso foi comunicado à polícia civil em janeiro deste ano por profissionais da Coordenadoria de Vigilância e Saúde do Município, e o boletim foi obtido pela CNN.
Publicado em Notícias dia 5/05/2023 por Alan Corrêa

A Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência para apurar uma suposta vacinação em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso foi comunicado à polícia civil em janeiro deste ano por profissionais da Coordenadoria de Vigilância e Saúde do Município, e o boletim foi obtido pela CNN.

O registro aponta que uma dose única do imunizante da Janssen contra a Covid-19 teria sido aplicada na manhã do dia 19 de julho em uma UBS no Parque Peruche, na zona norte da capital paulista, em nome de Bolsonaro. O CPF do ex-presidente também foi utilizado no cadastro, com endereço de Brasília e e-mail lula@gmail.com. A dose teria sido validada pelo Ministério da Saúde, sendo emitido certificado de vacinação pelo sistema Conect SUS.

No entanto, a prefeitura realizou o rastreamento do lote do imunizante que teria sido aplicado neste caso e concluiu que a cidade jamais recebeu a dose mencionada. Além disso, a profissional de saúde que teria supostamente aplicado a vacina nunca trabalhou no posto de saúde do Parque Peruche.

A Prefeitura de São Paulo confirmou o registro do boletim de ocorrência por suspeita de ato criminoso contra Bolsonaro e o presidente Lula, já que seu nome aparece no e-mail utilizado para cadastro. A apuração foi remetida à Polícia Federal após pedido dos investigadores paulistas, já que o assunto envolve órgãos federais e já havia uma investigação em curso pela Controladoria Geral da União.

A CGU investiga três registros de vacina em nome de Bolsonaro. A segunda e a terceira dose foram registradas já em 2022 no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. As duas últimas seriam do imunizante da Pfizer. O relatório da Polícia Federal sobre fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro, divulgado esta semana, também mostra que o ex-presidente teria recebido três doses da vacina contra a Covid-19.

Bolsonaro afirmou, na última quarta (03), que não se imunizou contra a Covid-19. O caso levanta questões sobre a integridade do sistema de vacinação brasileiro e a possibilidade de fraude na aplicação de vacinas.

*Com informações do R7 e CNN.