População brasileira 2023: rendimento melhorou, mas desigualdade salarial ainda é grande

De acordo com o IBGE, houve uma redução na desigualdade salarial no Brasil e um aumento de quase 7% no rendimento médio da população no último ano. Foram divulgados dados indicando que em 2022, mais de 134 milhões de brasileiros receberam algum tipo de renda, o que equivale a mais de 62% da população. Esse resultado é o melhor registrado desde o início da série em 2012.
Publicado em Notícias dia 13/05/2023 por Alan Corrêa

De acordo com o IBGE, houve uma redução na desigualdade salarial no Brasil e um aumento de quase 7% no rendimento médio da população no último ano.

Foram divulgados dados indicando que em 2022, mais de 134 milhões de brasileiros receberam algum tipo de renda, o que equivale a mais de 62% da população. Esse resultado é o melhor registrado desde o início da série em 2012.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita aumentou 7,7% em 2022 em relação a 2021, totalizando R$ 339,6 bilhões em 2022.

A região Nordeste continua a ter o menor rendimento médio mensal domiciliar per capita (R$ 1.011), enquanto a região Sul possui o maior (R$ 1.927). Esses dados foram divulgados pela PNAD.

A região Nordeste mantém o menor rendimento médio mensal domiciliar per capita, que é de R$ 1.011, enquanto a região Sul apresenta o maior valor, de R$ 1.927. Essas informações foram divulgadas recentemente.
A região Nordeste mantém o menor rendimento médio mensal domiciliar per capita, que é de R$ 1.011, enquanto a região Sul apresenta o maior valor, de R$ 1.927. Essas informações foram divulgadas recentemente.

Em 2022, o rendimento médio mensal real da população residente com rendimento de todas as fontes apresentou um aumento de 2,0% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 2.533. No entanto, em comparação com o início da série em 2012, houve uma queda de 2,6%. O rendimento médio mensal proveniente de todos os trabalhos ficou em R$ 2.659, apresentando uma queda de 2,1%.

Por outro lado, o rendimento médio mensal proveniente de outras fontes teve um aumento de 12,1% em 2022, alcançando R$ 1.657. O item aposentadoria e pensão manteve-se com a maior média em 2022, totalizando R$ 2.161. Destaca-se também o item outros rendimentos, que apresentou um aumento significativo de 44,8%, subindo de R$ 562 para R$ 814 e atingindo o maior valor da série.

No entanto, o rendimento médio mensal da categoria Aluguel e arrendamento apresentou uma queda, passando de R$ 1.989 em 2021 para R$ 1.755 em 2022, sendo este o menor valor da série. Essa tendência de queda foi observada nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, sendo esta última a que apresentou a maior queda, passando de R$ 2.261 para R$ 1.815.

“Essa foi a primeira vez que essa categoria ficou abaixo dos dois mil reais na região Sudeste, em uma grande queda. Uma possível explicação pode ser a inflação. Conseguimos perceber esse movimento também em outras categorias. Alguns itens não são reajustados de acordo com a inflação, o que causa essa corrosão”, diz Alessandra Brito, analista da pesquisa.

Rendimento médio mensal
Rendimento médio mensal

Em 2022, o percentual de pessoas com algum tipo de rendimento na população do país aumentou para 62,6%, em comparação com 59,8% em 2021. Esse aumento ocorreu em todas as regiões, com o Sul apresentando a maior estimativa de 67,0% e o Norte a menor, com 55,9%.

Além disso, o percentual de pessoas com rendimento de todos os trabalhos também cresceu de 41,1% em 2021 para 44,5% em 2022, indicando um aumento na ocupação no país. Em contrapartida, o percentual de pessoas com rendimentos de “Outras fontes” caiu de 24,8% em 2021 para 24,4% em 2022.

Dentro do segmento de “Outras fontes”, 13,3% da população residente (28,5 milhões de pessoas) recebiam “Aposentadoria e Pensão” em 2022, enquanto 8,9% recebiam “Outros rendimentos”, 2,0% recebiam “Pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador” e 1,7% recebiam “Aluguel e arrendamento”.

Em termos de rendimento domiciliar per capita da população, a participação do rendimento de “Todos os trabalhos” era de 74,5%, enquanto a de “Outras Fontes” era de 25,5%. Dentro do segmento de “Outras fontes”, 18,1% iam para “Aposentadoria e Pensão”, 1,9% para “Aluguel e Arrendamento”, 0,9% para “Pensão alimentícia, Doação e Mesada de não-morador” e 4,6% para “Outros rendimentos”.

*Com informações do IBGE e R7.