O ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, destacou que a taxa de juros e o ambiente de crescimento econômico adequados, juntamente com a aprovação do novo marco regulatório fiscal, da reforma tributária e da política do ganho real para o salário mínimo, são metas integradas para retirar pessoas da pobreza.
Essa declaração foi feita durante o lançamento do Pacto contra a Fome, um movimento suprapartidário e multissetorial com o objetivo de erradicar a fome no Brasil até 2030 e reduzir o desperdício de alimentos.
O evento contou com a presença de lideranças governamentais, acadêmicas, empresariais, de entidades não governamentais e religiosas, entre outros. O ministro Dias afirmou que, com a implementação do pacto ainda este ano, aproximadamente 8,5 milhões de famílias, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas, devem sair da extrema pobreza.
O movimento busca engajar toda a sociedade na erradicação da fome de forma estrutural e permanente, bem como na redução do desperdício de alimentos em toda a cadeia. O objetivo é garantir que ninguém passe fome no Brasil até 2030 e que todos no país estejam bem alimentados até 2040.
Para alcançar essas metas, os organizadores do pacto propõem atuar por meio da articulação, da inteligência estratégica e do reconhecimento de boas práticas, construindo pontes entre a sociedade civil organizada, o setor privado e o governo.
A ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, presente no evento, ressaltou a importância dessa parceria entre os setores dentro do Pacto Contra a Fome, enfatizando que ela é fundamental para erradicar a miséria e a fome no país.
“Quando nós falamos de fome, nós não podemos esquecer que um Brasil que alimenta o mundo desperdiça quase que oito vezes o necessário para matar a fome, então nós temos que garantir uma rede junto com a sociedade civil organizada e o terceiro setor de cultura de conscientização em relação a isso.”
“Da mão que planta semente até a mão que consome, passando pelo transporte e pela distribuição desses alimentos, nós estamos falando de alimentos desperdiçados, de perdas que seriam suficientes para alimentar oito meses da fome no Brasil”, disse a ministra.
Simone Tebet ressaltou que a fome é um problema complexo e que não é de fácil solução.
“O governo federal tem recursos e orçamento para, através da assistência, garantir o Bolsa Família e toda rede de proteção às famílias”, disse.
“Mas isso envolve algo mais, envolve não só fazermos o dever de casa, de termos políticas públicas eficientes para que os R$ 160 bilhões do Bolsa Família possam chegar a quem realmente precisa, tirando do cadastro quem está ganhando de forma irregular, como acontecia no governo passado, portanto, evitar desperdício com o dinheiro público”, acrescentou.
*Com informações da Agência Brasil.