O mundo está tendo enorme queda de poluição por conta da quarentena

A quarentena que o mundo está vivendo nos últimos meses não está sendo fácil para ninguém. O número de mortes vem subindo cada vez mais, familiares distantes e muitas pessoas perdendo o emprego por conta da iminente crise econômica a vista são apenas alguns dos fatores que fazem com que o mundo inteiro esteja de alerta.
Publicado em Notícias dia 14/04/2020 por Alan Corrêa

A quarentena que o mundo está vivendo nos últimos meses não está sendo fácil para ninguém. O número de mortes vem subindo cada vez mais, familiares distantes e muitas pessoas perdendo o emprego por conta da iminente crise econômica a vista são apenas alguns dos fatores que fazem com que o mundo inteiro esteja de alerta contra com o coronavírus.

Pode parecer até impossível achar algo de bom no meio de todo esse caos que o mundo está passando, mas acredite, é possível sim! Ainda mais quando falamos da emissão de poluentes no mundo.

Menor taxa de poluentes em anos

Com a quarentena, o fluxo de pessoas foi reduzido drasticamente das ruas, e com isso o número de veículos nas ruas diminuiu drasticamente, as grandes fabricas já não lançam mais poluentes e todo o isolamento pode resultar em uma taxa de redução de poluentes nunca vista antes.

Vista do Edifício Itália, região central de São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Vista do Edifício Itália, região central de São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

De acordo com o site britânico Carbon Brief, a paralização por conta da pandemia pode resultar em 1.600 megatoneladas de poluentes que deixarão de serem emitidos, sendo equivalente a cerca de retirar 345 milhões de carros das ruas.

Grande parte dessa redução se deve por conta da atividade industrial desacelerada e consequentemente com menor nível de emissão de poluentes. Esse é o menor consumo de energia registrado em 16 anos.

As cinco maiores quedas nas emissões globais anuais de CO2 já registradas são mostradas em barras azuis, em milhões de toneladas de CO2. As barras cinza ilustram até que ponto as emissões cairiam em 2020 com uma redução de 1%, 3% ou 5% em comparação com os níveis de 2019. As barras vermelhas mostram os impactos estimados das emissões da crise do coronavírus em 2020 no setor global de petróleo, no mercado de carbono da UE, na China, nos EUA e na Índia, sendo que este último é responsável apenas por mudanças no setor de energia. Sempre que possível, as estimativas são mostradas em relação às previsões pré-crise. As estimativas geográficas excluem o petróleo. Fonte: Carbon Brief análise dos dados de emissões do Centro de Análise de Informações sobre Dióxido de Carbono (CDIAC) e do Projeto Global de Carbono; análise de avaliações do ICIS e da US Energy Information Administration; análise de dados diários da Companhia de Operação de Sistema de Energia da Índia (POSOCO). Gráfico por Carbon Brief.
As cinco maiores quedas nas emissões globais anuais de CO2 já registradas são mostradas em barras azuis, em milhões de toneladas de CO2. As barras cinza ilustram até que ponto as emissões cairiam em 2020 com uma redução de 1%, 3% ou 5% em comparação com os níveis de 2019. As barras vermelhas mostram os impactos estimados das emissões da crise do coronavírus em 2020 no setor global de petróleo, no mercado de carbono da UE, na China, nos EUA e na Índia, sendo que este último é responsável apenas por mudanças no setor de energia. Sempre que possível, as estimativas são mostradas em relação às previsões pré-crise. As estimativas geográficas excluem o petróleo. Fonte: Carbon Brief análise dos dados de emissões do Centro de Análise de Informações sobre Dióxido de Carbono (CDIAC) e do Projeto Global de Carbono; análise de avaliações do ICIS e da US Energy Information Administration; análise de dados diários da Companhia de Operação de Sistema de Energia da Índia (POSOCO). Gráfico por Carbon Brief.

É o necessário?

Os números são satisfatórios, mas não o suficiente para o que a Carbon Brief acredita ser o essencial para que mudanças climáticas perigosas não ocorram. Para se ter ideia, o ideal seria eliminar 2.200 megatoneladas de dióxido de carbono (ou 475 milhões de carros) por ano para que a temperatura média na próxima década subisse apenas 1,5 graus Celsius.

A U.S. Energy Information Administration fez uma previsão e demonstrou que a queda de emissão de dióxido de carbono nesse ano será de 7,5% em relação ao ano passado, porém no próximo ano irá voltar a crescer em 3,6% e com tendência de maior crescimento juntamente a economia, fazendo assim com que todos fiquem de alerta, pois a redução da poluição no mundo é passageira.

Amazing change in aviation traffic. March ‘19 vs ‘20 pic.twitter.com/ZCuWKJnFGD

— Sam Morgan (@SamJamesMorgan) March 25, 2020

No meio de tantas notícias devastadoras como os mais de milhões infectados pelo Covid-19, as milhares de pessoas mortas e o caos no planeta, ao menos essa divulgação nos ajuda a dar um breve respiro para nosso planeta.

*Com informações do Gizmodo e Carbon Brief.