Morte de Gui Bull aos 30 anos comove fisiculturismo e levanta alerta médico

A trajetória acadêmica e esportiva de Gui Bull foi interrompida por um episódio de broncoaspiração, conforme relatado por sua namorada. Doutor em Bioquímica e consultor esportivo, ele acumulava títulos e admiradores no fisiculturismo. Após o falecimento, Jéssica Belenello desmentiu boatos sobre anabolizantes, reforçando que a causa da morte foi médica e acidental, sem relação com uso de substâncias.
Publicado por Alan Correa em Notícias dia 7/05/2025

Guilherme Henrique, conhecido como Gui Bull, faleceu aos 30 anos após um episódio de asfixia por broncoaspiração. A informação foi divulgada por sua namorada, Jéssica Belenello, nas redes sociais. O fisiculturista teve uma trajetória marcada por conquistas esportivas e formação acadêmica avançada, combinando ciência e performance.

Pontos Principais:

  • Gui Bull morreu aos 30 anos por asfixia provocada por broncoaspiração.
  • Namorada do atleta desmentiu rumores sobre uso de anabolizantes.
  • Era consultor esportivo e doutor em Bioquímica pela UEM.
  • Conquistou cinco títulos de campeão overall no fisiculturismo.

Gui Bull atuava como consultor esportivo e instrutor de poses, com reconhecimento no cenário do fisiculturismo brasileiro. Ao longo da carreira, venceu cinco títulos de campeão overall nas categorias Classic Physique e Fisiculturismo Clássico. Paralelamente às competições, aplicava seu método de consultoria “Team Bull” com foco em atletas iniciantes e experientes.

Guilherme Henrique, o Gui Bull, morreu aos 30 anos por broncoaspiração, segundo relato da namorada. O atleta acumulava títulos e seguidores no fisiculturismo.
Guilherme Henrique, o Gui Bull, morreu aos 30 anos por broncoaspiração, segundo relato da namorada. O atleta acumulava títulos e seguidores no fisiculturismo.

Além da atuação prática no esporte, Gui possuía formação em Biologia pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), além de mestrado e doutorado em Bioquímica pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ele também cursava Nutrição no Centro Universitário de Maringá no momento de sua morte, unindo conhecimento teórico ao trabalho de campo no fisiculturismo.

Causa da morte e repercussão

A causa da morte foi descrita como asfixia por broncoaspiração, de acordo com relato da namorada, que é médica. O termo se refere à entrada de conteúdo gástrico nas vias aéreas, o que pode causar obstrução respiratória severa. O caso teria ocorrido no início da semana e a confirmação veio a público no dia 6 de maio de 2025.

A broncoaspiração é considerada uma emergência médica. Dependendo da gravidade, pode causar sufocamento completo e parada respiratória. O Hospital Albert Einstein define o quadro como potencialmente fatal, especialmente quando envolve obstrução total das vias aéreas.

Após o anúncio da morte, Jéssica usou as redes sociais para contestar boatos que circulavam sobre o possível envolvimento de substâncias ilícitas ou anabolizantes. Segundo ela, não houve relação entre a morte de Gui Bull e uso de esteroides, reforçando que a causa foi exclusivamente clínica, sem qualquer ligação com suplementações.

Atuação profissional e método Team Bull

Gui Bull desenvolveu um modelo próprio de acompanhamento de atletas, baseado em sua vivência competitiva e conhecimento científico. O método “Team Bull” incluía orientações sobre treinamento, dieta, descanso e estratégias de apresentação em campeonatos. Gui oferecia suas consultorias tanto presencialmente quanto online.

Como instrutor de poses, ele preparava fisiculturistas para as exigências estéticas e técnicas das competições. Esse trabalho envolvia desde a escolha das posturas até a organização da rotina de treinos de palco, elemento importante na avaliação dos juízes.

Seus serviços atendiam um público variado, de iniciantes a profissionais. Gui também promovia conteúdo educativo em redes sociais, orientando sobre hipertrofia, emagrecimento e prevenção de lesões. A combinação entre teoria científica e prática esportiva era um diferencial que sustentava sua reputação no meio.

Formação acadêmica e trajetória paralela

A formação de Gui Bull em Biologia foi concluída na UNESPAR, instituição pública do estado do Paraná. Após isso, ele ingressou no mestrado e depois no doutorado em Bioquímica na Universidade Estadual de Maringá, mantendo vínculo com a pesquisa científica.

Mesmo com a rotina de treinos e compromissos como consultor, ele dava continuidade aos estudos em Nutrição. O curso estava sendo feito no Centro Universitário de Maringá e fazia parte de sua estratégia de ampliar a base técnica das orientações que oferecia.

Essa combinação de prática esportiva com base acadêmica diferenciava Gui de outros atletas do mesmo segmento. Seu trabalho era sustentado não apenas pela experiência, mas também pelo conhecimento adquirido em ambientes universitários.

Trajetória no fisiculturismo

Durante sua carreira, Gui Bull obteve reconhecimento com cinco títulos de campeão overall nas principais categorias da modalidade. Os prêmios vinham das divisões Classic Physique e Fisiculturismo Clássico, que exigem proporções corporais específicas e execução técnica rigorosa.

Essas conquistas posicionaram o atleta entre os nomes conhecidos do cenário nacional. Ele também era convidado para eventos, workshops e competições como orientador técnico e figura pública do esporte.

A presença digital de Gui contribuiu para ampliar seu alcance, criando uma base de seguidores interessados em fisiculturismo, saúde e performance. Vídeos, textos e aulas compartilhadas nas redes ajudavam a popularizar o esporte entre iniciantes.

Impacto e reações

A notícia da morte gerou reações entre colegas, alunos e fãs do fisiculturismo. Mensagens de luto, homenagens e lembranças foram publicadas em diversos perfis nas redes sociais. A comunidade esportiva reconheceu a influência de Gui como atleta e mentor.

A repercussão também mobilizou debates sobre os riscos da broncoaspiração, trazendo atenção para essa condição médica que, embora rara, pode ser fatal. Especialistas reforçaram a importância de atendimento rápido e cuidados com refluxo e alimentação em atletas.

O falecimento de Gui Bull deixou uma lacuna no fisiculturismo brasileiro. Sua atuação multidisciplinar e forma de ensinar permaneceram como legado entre os que conviveram com seu trabalho.

Fonte: Nsctotal e CNN.

Alan Correa
Alan Correa
Sou jornalista desde 2014 (MTB: 0075964/SP), com foco em reportagens para jornais, blogs e sites de notícias. Escrevo com apuração rigorosa, clareza e compromisso com a informação. Apaixonado por tecnologia e carros.