Maior explosão já vista no Universo foi revelada pela Nasa

A descoberta ocorreu há cerca de uma semana no aglomerado de galáxias Ophiuchus, que fica numa distância de aproximadamente 390 milhões de anos-luz da Terra.
Publicado em Ciência dia 6/03/2020 por Alan Corrêa

Através dos observatórios de Raios-X Chandra, da NASA; XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia; Murchison Widefield Array, na Austrália; e do Telescópio Gigante de Rádio Metrewave, na Índia, foi possível observar a grande explosão acontecendo, a cerca de 390 milhões de anos-luz da Terra.

A descoberta ocorreu há cerca de uma semana no aglomerado de galáxias Ophiuchus, que fica numa distância de aproximadamente 390 milhões de anos-luz da Terra.

O que aconteceu?

Os astrônomos da NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos) chegaram a conclusão que a imensa explosão ocorreu porque uma erupção gigantesca atingiu um buraco negro supermassivo de um grande galáxia no centro do aglomerado de Ophiuchus, essa erupção teria perfurado o gás quente do aglomerado.

“De certa forma, essa explosão é semelhante à forma como a erupção do Monte St. Helens, em 1980, arrancou do topo da montanha”, disse Simona Giacintucci, do Laboratório de Pesquisa Naval, em Washington, DC. Simona é a principal autora do estudo. “Uma diferença fundamental é que você poderia colocar quinze galáxias da Via Láctea seguidas na cratera, essa erupção perfurou o gás quente do aglomerado”, acrescentou.

Para se ter uma ideia, caberia 15 galáxias da Via Láctea seguidas na cratera, portanto, foi considerada “a maior explosão já vista no Universo”.

As evidências da maior explosão vista no Universo estão contidas nessas imagens compostas
As evidências da maior explosão vista no Universo estão contidas nessas imagens compostas

“Essa aceleração provavelmente se originou do buraco negro supermassivo”, informou a NASA por meio de nota. “Os dados do rádio cabem dentro dos raios-X como uma mão em uma luva”, disse o co-autor Maxim Markevitch, do Centro de Vôo Espacial Goddard da NASA, em Greenbelt, Maryland. “Este é o argumento decisivo que nos diz que uma erupção de tamanho sem precedentes ocorreu aqui”.

Ainda de acordo com a agência norte-americana, a erupção do buraco negro deve ter terminado porque os pesquisadores não veem nenhuma evidência de jatos atuais nos dados de rádio. Esse desligamento pode ser explicado pelos dados de Chandra, que mostram que o gás mais denso e mais frio visto nos raios-X está atualmente localizado em uma posição diferente da galáxia central.

Além dos buracos negros puxarem tudo para dentro, eles também expelem quantidades surpreendente de material e energia. Isso acontece quando a matéria que cai em direção ao buraco negro é redirecionada para jatos ou vigas, que explodem no espaço e se chocam com qualquer material circundante.

No entanto, por não haver mais indícios dos jatos no buraco negro a agência norte-americana constatou que houve o desligamento dessas erupções. Acontece que os gás mais denso e mais frio estão atualmente localizado em uma posição diferente da galáxia central, impossibilitando que o buraco negro aumente.

*Com informações da Agência Brasil e NASA.