Há algum tempo conheci por fotos, revistas e jornais uma casa de vidros belíssima que ao menos sabia onde era. Estou falando do Jardim Botânico de Curitiba, mas que lugar bonito, nem parece que é no Brasil (como se não houvesse beleza aqui – são muitas). Nossa, parece mais uma entrada social de palácio, que seriam lugares perfeitos para o casamento de uma princesa (nem pensa em contrariar, porque na época eu acreditava mesmo nisso e sonhava em conhecer Curitiba e aquele lindo jardim – imaginava as fotos).
Conheci o referido jardim quando aproveitamos um voo com escala em Curitiba – na volta, numa viagem que fizemos para Foz do Iguaçu no Hotel Belmond, o hotel das Cataratas do Iguaçu. Então que aproveitei a oportunidade, ainda que de raspão para conhecer este lugar que tanto me fascinava há anos.
Quando desembarcamos do avião, foi bem tranquilo. Saímos do aeroporto de Curitiba em busca de mais uma aventura que poderia durar por volta de 4h. Então decidimos chamar a Luana, uma super motorista muito gente boa – Uber. Ela nos ajudou e foi nos contando durante a ida muita coisa legal sobre Curitiba, sobre sua profissão – ou profissões, porque além de motorista paceira da Uber, era mãe e também psicóloga, uma pessoa multi tarefas.
O tempo de viagem foi pequeno e o trânsito estava começando a ficar pesado por conta do horário do fim da tarde, em que as jornadas de trabalho são encerradas. Mas foi bem tranquilo.
Quando chegamos lá, no meu palácio de vidros, foi um misto de sensações, afinal o tempo chuvoso e bem nublado com chuviscos e vento traziam uma sensação de frio ainda maior do que estava, um rapaz encostou no meu esposo e pediu dinheiro, mas estávamos apenas com o cartão do banco, quando ele pediu um cigarro e também não pudemos ajudar. Esta parte fez com que eu me sentisse na grande metrópole chuvosa brasileira, São Paulo.
Os jardins eram lindos mesmo, as folhinhas bem verdinhas e as flores, um verdadeiro espetáculo. Aquela estátua ao meio, um verdadeiro charme. Ao me aproximar dos vidros, havia uma pontezinha de madeira, muito bonitinha e bem acabada, sabe? Mas ao entrar e conhecer o espaço por dentro, que frustração!! É muito pequeno, mas lindo. Porém não dava para fazer um casamento de princesa. Pensa que decepção, voltei a ser criança naquele momento.
Bom, tirando a parte dos sonhos, é repleto de espécies muito bem cuidadas e há muito zelo pelas vidas ali expostas. É um lugar que é para aqueles que gostam das lindas paisagens e de lugares diferentes para conhecer e ter história pra contar.
Estamos falando de um lugar relativamente tranquilo, onde muitas pessoas vão para tirar fotos, fica a céu aberto, como um parque arborizado. Há uma espécie de passarela que recebeu ao longo de seu trajeto flores e folhagens bem ao centro.
Falamos de um lugar tradicional, inaugurado no início da década de 90, é tido como ponto turístico e é dos mais visitados do município.
O parque, se assim posso me referir, foi feito como os jardins franceses eram, gentis q ponto de revelar tamanha felicidade em receber visitantes estendendo seus belos tapetes repletos de vida a quem os visita.
Já o meu palácio de vidros, na verdade é uma estufa com estrutura rígida e finalizada com vidros, capaz de oferecer abrigo para diversas espécies de referência nacional com uma lindíssima fonte de águas cristalinas que atravessam e se unem a tanta beleza. Há trilhas para percursos a pé repleta de mata nativa.
Dirigido por GertHatschbach, nosso estimado Museu Botânico de Curitiba é capaz de atrair biólogos, curiosos e pesquisadores dos quatro cantos deste mundo. Com espaço para exibições com biblioteca e auditório o ambiente é muito agradável até para aqueles que não pertencem àquele mundo verde!
Com uma trilha bem tranquila de apenas 200 metros é possível realizá-la de olhos fechados, ativando os outros sentidos em relação às plantas e até algumas paisagens naturais.
Pelo Jardim das Sensações é possível, nós simples mortais, vermos com as pontinhas dos dedos e conhecer a trilha com as plantas dos pés, sendo capaz de ativar a audição para o canto dos ventos com o perfume de plantas, em conjunto à brisa que passa ao rosto com aquela sensação de pureza de água sentindo aquele cheiro da terra.
Há experimentações de toques em galhos, sementes, fora o sino que soa contando o grande segredo da beleza da vida. Só quem conhece é capaz de reproduzir!
O endereço completo do Jardim é na Rua Engenheiro Ostoja Roguski, 690 – Jardim Botânico – Curitiba/PR. O telefone da administração é o (41) 3264-6994, do museu é (41) 3362-1800 e para exposição ou agendamentos do Jardim das Sensações é o (41) 3264-7365.
Sempre a partir das 6h da manhã.
Horário de Verão: Das 06h00 às 20h00. Horário de Inverno: Das 06h00 às 19h30.
Jardim das Sensações tem outro horário de funcionamento, das 09h às 17h, aberto de terça a domingo. Mas em períodos de chuvas, ou durante/enquanto o percurso estiver molhado, ou úmido – que seja, o Jardim das Sensações é fechado.
Voltamos também com a Luana – o que foi muito divertido, ela nos deixou novamente no aeroporto com segurança, e como tínhamos bastante tempo decidimos comer e tomar um vinho antes de embarcar para São Paulo.