Os fãs de Erasmo Carlos estão tristes com uma notícia nesta terça-feira (22), o cantor morreu aos 81 anos.
Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira (22/11). O cantor e compositor havia sido internado hoje de manhã no Hospital Barra Dór, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, às pressas.
No início do mês, o artista comemorou a alta após duas semanas de internação no Barra D’Or para realizar exames e tratar uma síndrome edemigênica.
Erasmo Esteves OMC nasceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de junho de 1941, conhecido artisticamente como Erasmo Carlos, foi um cantor, compositor, ator, músico, multi-instrumentista e escritor brasileiro.
Um dos pioneiros do rock brasileiro, nos anos 60 fez parceria com o cantor e compositor Roberto Carlos, compondo várias músicas juntos, que gravavam em seus discos em carreira solo.
Erasmo conhecia Sebastião Rodrigues Maia – que mais tarde ficaria conhecido como Tim Maia – desde a infância. Entretanto, a amizade só viria na adolescência por conta do gosto pelo rock and roll.
Em 1966, Erasmo compõe com Roberto o sambalanço “Toque o Balanço”, gravado por Elza Soares.
Na década de 1970, Erasmo assina com a Polydor. A primeira metade da década mostra o Tremendão num estilo bem diferente da Jovem Guarda. Influenciado pela cultura hippie e pelo soul, lança Carlos, Erasmo em 1971. O disco, que abre com “De Noite na Cama”, escrita por Caetano Veloso.
Erasmo Carlos começa os anos 80 com um projeto ambicioso. Erasmo Convida é um pioneiro projeto no Brasil. Foram doze canções interpretadas em dueto com artistas como Nara Leão, Maria Bethânia, Gal Costa, Wanderléa, A Cor do Som, As Frenéticas, Gilberto Gil, Rita Lee, Tim Maia, Jorge Ben e Caetano Veloso. A faixa de abertura do álbum foi a que teve maior destaque nas rádios: a regravação de “Sentado à Beira do Caminho”, com a participação do parceiro Roberto Carlos nos vocais.
Nos anos 90, o trabalho de Erasmo apareceu de forma bissexta na canção. Além de sempre assinar com Roberto Carlos as canções feitas para seus discos anuais, ele lançou dois discos. Homem de Rua, lançado pela Sony Music em 1992, chegou a ter repercussão com a faixa-título, que fez parte da trilha da telenovela De Corpo e Alma, mas a canção era tema do personagem Bira de Guilherme de Pádua, que, ao lado da esposa Paula Thomaz, assassinou a atriz Daniella Perez, filha da autora da novela Glória Perez. Por conta desse acontecimento, Erasmo em respeito a atriz, nunca mais cantou essa música. Outra gravação de destaque foi “A Carta”, na qual Erasmo cantou com Renato Russo.
Somente em 2001 Erasmo voltaria a lançar um disco novo. Pra Falar de Amor traz interpretações dele para canções apenas suas, além de canções de Kiko Zambianchi e Marcelo Camelo. O destaque é “Mais um na Multidão”, dueto com Marisa Monte e de autoria de Erasmo Carlos, Marisa Monte e Carlinhos Brown. No ano seguinte, ele lançou seu primeiro DVD ao vivo, além de um CD duplo.
Em março de 2015, o deputado federal Tiririca foi condenado a pagar uma indenização a Erasmo e Roberto Carlos por parodiar a música O Portão nas eleições de 2014. Em junho do mesmo ano, Erasmo lançou o DVD Meus Lados B, só com músicas “lado B” de seu repertório.
Em 2020, assina contrato com a Netflix, como ator protagonista no longa-metragem Modo Avião, juntamente com Larissa Manoela. Em fevereiro de 2021 lança o álbum O futuro pertence à… Jovem Guarda com oito canções dos anos 60.
Erasmo Carlos morreu no dia 22 de novembro de 2022, após ser internado no mesmo dia em um hospital na Barra da Tijuca.
*Com informações do G1, Wikipédia, FalaRegional e Metropoles.