De acordo com o Banco Central, o Pix se tornou o segundo maior sistema de pagamentos instantâneos do mundo, com 29,2 bilhões de transações realizadas em 2022 e representando 15% das operações do tipo globalmente. Essa informação foi obtida por meio da pesquisa Prime Time for Real-Time Report, conduzida pelas empresas especializadas ACI Worldwide e GlobalData.
A Índia é a única nação que supera o Brasil em número de operações de transferência instantânea, com 89,5 bilhões de operações.
Embora a Índia seja o maior mercado global em termos de número de transações instantâneas, o Pix experimentou uma aceleração maior no ano passado. Em 2022, o número de transações pelo Pix cresceu 228,9%, enquanto o sistema de transferência indiano teve alta de 76,8%. Além do Brasil e da Índia, outros países também integram a lista dos maiores mercados globais de pagamentos instantâneos.
A China ocupa o terceiro lugar, com 17,6 bilhões de transações e crescimento de 0,9%. Em seguida estão a Tailândia, com 16,5 bilhões de transações e crescimento de 63,4%, e a Coreia do Sul, com 8 bilhões de transações e crescimento de 9,6%.
“Ao mostrar um panorama internacional, o trabalho evidencia o quanto o Pix é uma política pública bem-sucedida e que está impactando positivamente a sociedade, trazendo eficiência e redução de custos para o país, e transformando a vida de milhões de pessoas e empresas”, afirmou Mayara Yano, assessora sênior do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central, em comunicado divulgado pelo órgão.
De acordo com a pesquisa Prime Time for Real-Time Report, o número de transações eletrônicas instantâneas em todo o mundo deverá aumentar de 195 bilhões em 2022 para 511,7 bilhões em 2027. Com esse aumento, os sistemas instantâneos deverão corresponder a 27,8% de todos os meios de pagamentos eletrônicos no mundo daqui a quatro anos.
O estudo também avaliou a média de transações mensais do Pix por pessoa com 15 anos ou mais. Em 2022, o Brasil ficou em quarto lugar, com uma média de 14,2 transações por Pix a cada mês. A Tailândia liderou o ranking, com uma média de 23 transações, seguida pelo Bahrain (19,1) e Coreia do Sul (14,7).
Além disso, a pesquisa apresentou previsões para as médias de transações mensais nos próximos quatro anos. Estima-se que, em 2027, cada brasileiro com mais de 15 anos fará, em média, 51,8 operações por Pix a cada mês, colocando o país em segundo lugar no ranking. O Bahrain lidera novamente, com uma média projetada de 83,3 transferências por habitante nos próximos quatro anos.
*Com informações da Agência Brasil.