Duas astronautas da Agência Espacial Norte-Americana fizeram história. Christina Koch e Jessica Meir participaram da primeira Atividade Extra-Veicular (EVA, na sigla em inglês) conduzida por um time exclusivamente feminino.
As astronautas substituíram uma unidade de controle de energia defeituosa que fica em um painel exterior da Estação Espacial Internacional (ISS). “No passado, mulheres não tinham assento permanente na mesa. É maravilhoso contribuir para o programa espacial em uma época em que todos têm um papel”, disse Koch no início da transmissão.
As astronautas estão a cerca de 420 quilômetros da superfície da Terra, e fizeram a transmissão ao vivo da missão.
O presidente norte-americano, Donald Trump, falou ao vivo com as engenheiras da missão. Trump reconheceu a importância do momento histórico e aproveitou a oportunidade para elogiar as astronautas.
“O trabalho que vocês fazem é incrível. Eu tive a oportunidade de olhar seus currículos, e eles são realmente impressionantes.”
Acompanhado do vice-presidente Mike Pence e da filha Ivanka, o presidente aproveitou a oportunidade para fazer uma pergunta para a dupla. Questionadas sobre qual mensagem passariam para todas as “meninas do mundo que sonham com o espaço”, Jessica Meir respondeu:
“Para nós, é apenas trabalho. Ao mesmo tempo que entendemos que é um marco histórico, existe toda uma fileira de mulheres que fazem trabalho espacial. Queremos ser uma inspiração para essas meninas ao dizer que todo o trabalho duro se pagou”, afirmou a astronauta.
Donald Trump encerrou a comunicação com as astronautas afirmando que o Estados Unidos estão prontos para a nova missão para a Lua, e que em seguida a humanidade chegará à Marte na primeira missão tripulada.
Ambas as cientistas ingressaram na Nasa em 2013. Christina Koch, de 40 anos, nascida no estado da Carolina do Norte, sempre teve interesse em ciências e matemática. Formou-se em uma universidade pública, a North Carolina State University, em física e fez mestrado em engenharia elétrica.
Jéssica Meir, de 42 anos, teve uma trajetória fora da curva. Estudante de uma das universidades de prestígio que formam a Ivy League – um grupo das oito melhores universidades dos Estados Unidos –, ela se formou em “artes em biologia”, uma área que estuda como usar tecidos, bactérias e organismos vivos como matérias-primas em obras de artes. Seu interesse no espaço nasceu daí. Ela fez mestrado em estudos espaciais e doutorado em biologia marinha.
*Com informações da Agência Brasil e NASA.