Febre maculosa: sintomas e causas

Durante períodos de clima seco, a incidência de carrapatos aumenta, tornando necessário redobrar os cuidados para aqueles que têm contato com áreas de mata ou até mesmo jardins onde esses artrópodes possam estar presentes, evitando a Febre maculosa. Além disso, é importante intensificar os cuidados com os animais domésticos, pois eles podem ser hospedeiros dos carrapatos.
Publicado em Saúde dia 13/06/2023 por Alan Corrêa

Durante períodos de clima seco, a incidência de carrapatos aumenta, tornando necessário redobrar os cuidados para aqueles que têm contato com áreas de mata ou até mesmo jardins onde esses artrópodes possam estar presentes, evitando a Febre Maculosa. Além disso, é importante intensificar os cuidados com os animais domésticos, pois eles podem ser hospedeiros dos carrapatos.

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril e aguda, com gravidade que varia de caso a caso. Ela pode se apresentar em formas clínicas leves e atípicas, mas também pode se manifestar de maneira grave, com uma taxa de letalidade elevada. O tratamento deve ser iniciado com o uso de antibióticos assim que os primeiros sintomas surgirem, a fim de evitar complicações graves, tais como inflamação do cérebro, paralisia, insuficiência respiratória ou renal, que podem colocar a vida do paciente em risco.

Febre maculosa: saiba como evitar e tratar a doença transmitida por carrapato
Febre maculosa: saiba como evitar e tratar a doença transmitida por carrapato

No Brasil, duas espécies de bactérias estão associadas aos casos de febre maculosa: a Rickettsia rickettsii, encontrada principalmente no norte do estado do Paraná e nos estados da Região Sudeste, e a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará.

Sintomas

Os sintomas característicos da febre maculosa incluem febre, intensa dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular persistente, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, bem como gangrena nos dedos e orelhas.

A doença também pode causar paralisia nos membros, com início nas pernas, e progredir até os pulmões, resultando em insuficiência respiratória. Além disso, à medida que a febre maculosa se desenvolve, é comum o surgimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não causam coceira, mas podem se expandir em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce da febre maculosa pode ser desafiador, especialmente nos primeiros dias da doença, devido à semelhança dos sintomas com outras enfermidades, como leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, sarampo ou pneumonia.

No entanto, é fundamental que indivíduos com sintomas suspeitos procurem um médico para avaliação adequada. Durante a consulta, o médico investigará se a pessoa reside em áreas de mata ou florestas, onde a possibilidade de ter sido picada por um carrapato é maior. O profissional de saúde também solicitará exames complementares para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

É crucial buscar atendimento médico em uma unidade de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. O tratamento da febre maculosa envolve o uso de antibióticos específicos, que devem ser iniciados assim que houver suspeita da doença. Em certos casos, a internação hospitalar pode ser necessária. A falta de tratamento ou a demora em iniciá-lo podem agravar o quadro clínico e levar ao óbito. É importante agir prontamente para garantir o melhor prognóstico possível.

Prevenção

A prevenção da febre maculosa é baseada no impedimento do contato com o carrapato. O Ministério da Saúde recomenda a adoção de algumas medidas para evitar a doença, principalmente em locais onde há exposição a carrapatos:

  • Use roupas claras para ajudar a identificar o carrapato;
  • Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;
  • Evite andar em locais com grama ou vegetação alta;
  • Use repelentes que possuem proteção contra carrapatos;
  • Realize o controle com antiparasitário nos animais domésticos;
  • Retire os carrapatos (caso sejam encontrados no corpo), preferencialmente com auxílio de uma pinça (de sobrancelhas ou pinça cirúrgica auxiliar);
  • Não esmague o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar bactérias e contaminar partes do corpo com lesões;
  • Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.

*Com informações do Ministério da Saúde, Wikipédia e BVSMS.