EUA querem investigação contra Shein

Um grupo de legisladores dos Estados Unidos composto por 24 parlamentares, entre republicanos e democratas, enviou uma carta à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos solicitando que a autoridade reguladora exija que a Shein, empresa chinesa de moda, prove e certifique que não utiliza trabalho forçado da etnia uigur como condição para uma oferta pública de ações. Segundo relatos, a empresa utiliza algodão da Região Autônoma Uigur de Xinjiang.
Publicado em Tecnologia dia 4/05/2023 por Alan Corrêa

Um grupo de legisladores dos Estados Unidos composto por 24 parlamentares, entre republicanos e democratas, enviou uma carta à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos solicitando que a autoridade reguladora exija que a Shein, empresa chinesa de moda, prove e certifique que não utiliza trabalho forçado da etnia uigur como condição para uma oferta pública de ações. Segundo relatos, a empresa utiliza algodão da Região Autônoma Uigur de Xinjiang.

A Shein, fundada na China em 2008 e atualmente sediada em Singapura, é conhecida por ser uma empresa de moda de baixo custo e é uma das marcas símbolo do crescimento econômico chinês. A empresa planeja realizar uma oferta pública inicial antes do final deste ano fiscal e está levantando capital agressivamente.

A loja ganhou destaque por seus preços baixos e pela rapidez em lançar novos produtos que seguem as últimas tendências da moda.
A loja ganhou destaque por seus preços baixos e pela rapidez em lançar novos produtos que seguem as últimas tendências da moda.

Os parlamentares solicitaram à autoridade reguladora que estabeleça regulamentações e ordene à Shein que certifique, por meio de uma verificação independente, que a empresa não usa trabalho forçado uigur como condição para se registrar para a emissão de valores nos Estados Unidos.

Grupos de direitos humanos denunciam que a etnia uigur, de religião muçulmana, é submetida a detenções em massa em campos de trabalho forçado e proibida de expressar sua cultura. Pequim nega que haja repressão contra a minoria étnica e afirma que os programas de reeducação em Xinjiang visam combater o terrorismo islâmico.

Um porta-voz da Shein afirmou que a empresa não possui fornecedores na região de Xinjiang e que tem “tolerância zero” para o trabalho forçado. No entanto, os parlamentares pedem que a empresa comprove essa afirmação por meio de uma verificação independente para garantir a transparência e a responsabilidade empresarial.

*Com informações do UOL e G1.