Bebê de 1 ano morre com bronquiolite em hospital de MG e família denuncia negligência médica

Após dar entrada com sintomas gripais no hospital de Pedro Leopoldo, Evelin Beatriz, de 1 ano e 4 meses, foi entubada e não resistiu. Segundo a família, houve erro no procedimento, agravado pela ausência de vagas em UTI pediátrica na rede estadual. A prefeitura nega falhas e afirma que todas as medidas médicas foram seguidas conforme os protocolos. A crise respiratória levou o município a decretar emergência em saúde pública.
Publicado por Alan Correa em Notícias e Saúde dia 6/05/2025

A morte de Evelin Beatriz Marques, uma criança de apenas um ano e quatro meses, levantou questionamentos sobre o atendimento médico oferecido no Hospital Municipal de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A bebê chegou à unidade com sintomas gripais e febre, e rapidamente apresentou agravamento do quadro respiratório. A equipe médica optou pela entubação, diante da ausência de vagas em unidades de terapia intensiva infantil em Belo Horizonte.

Pontos Principais:

  • Bebê de 1 ano morreu após ser entubada no hospital de Pedro Leopoldo.
  • Família afirma que o material usado era inadequado para a idade da criança.
  • Prefeitura nega erro médico e culpa falta de leitos na rede estadual.
  • Crise respiratória levou MG a decretar emergência em saúde pública.

A família de Evelin afirma que o procedimento foi realizado com material inadequado para sua faixa etária, o que teria contribuído para o desfecho fatal. Revoltados, os parentes registraram boletim de ocorrência e denunciaram o hospital por negligência. O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais, enquanto a comoção tomou conta da população local.

Evelin, de 1 ano e 4 meses, foi levada ao hospital com febre e sintomas gripais. Em poucos dias, seu quadro respiratório piorou e ela precisou ser entubada.
Evelin, de 1 ano e 4 meses, foi levada ao hospital com febre e sintomas gripais. Em poucos dias, seu quadro respiratório piorou e ela precisou ser entubada.

Em nota oficial, a Prefeitura de Pedro Leopoldo negou qualquer falha no atendimento e ressaltou que a criança foi assistida conforme os mais rigorosos protocolos médicos. A administração municipal declarou que a paciente recebeu oxigenoterapia, antibióticos intravenosos, broncodilatadores e ventilação mecânica nos momentos mais críticos, além de tentativas constantes de transferência para a capital mineira.

No entanto, a realidade enfrentada por diversas cidades mineiras tem sido marcada por um aumento repentino nos casos de infecções respiratórias graves. Diante disso, Pedro Leopoldo e outros municípios decretaram situação de emergência em saúde pública, permitindo medidas como aquisição emergencial de medicamentos e serviços, além da extensão de contratos essenciais.

A situação enfrentada por Evelin reflete uma crise estrutural da rede pública de saúde no estado, que não tem conseguido acompanhar o ritmo da demanda pediátrica. O impacto maior recai sobre as crianças menores de dois anos, grupo mais vulnerável à bronquiolite e à síndrome respiratória aguda grave, que exigem cuidados intensivos imediatos.

A Secretaria Municipal de Saúde argumenta que o caso teve rápida progressão, compatível com quadros graves de bronquiolite, mesmo com assistência adequada. Reforçou ainda que os registros médicos foram mantidos com detalhamento e que não houve omissão de conduta clínica ou administrativa durante a internação.

O episódio escancara a dificuldade de resposta dos sistemas locais de saúde em situações emergenciais, sobretudo quando dependem da disponibilidade de leitos em centros maiores. Enquanto a família de Evelin busca por justiça, o episódio reacende a discussão sobre os limites da infraestrutura hospitalar pediátrica em Minas Gerais.

Fonte: Bhaz e R7.

Alan Correa
Alan Correa
Sou jornalista desde 2014 (MTB: 0075964/SP), com foco em reportagens para jornais, blogs e sites de notícias. Escrevo com apuração rigorosa, clareza e compromisso com a informação. Apaixonado por tecnologia e carros.