Por Fusne.com / Alan Corrêa
Kisunla chega ao país com promessas e desafios.
24/04/2025
Brasil aprova o Kisunla, primeiro remédio que atua diretamente nas placas beta-amiloides associadas ao Alzheimer. Especialistas veem avanço, mas alertam sobre limitações.
O Kisunla é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve. Em testes, mostrou reduzir o avanço da demência, sem reverter os sintomas já instalados.
O remédio exige uma triagem complexa com exames como PET amiloide e testes genéticos. Esse processo é caro e pode afastar grande parte da população do tratamento.
Mesmo aprovado, o Kisunla deve enfrentar barreiras no Brasil. O custo, estimado em R$ 150 mil por ano, é um dos principais entraves para sua popularização.
Efeitos colaterais como dores de cabeça, edemas cerebrais e sangramentos foram registrados em pacientes. O uso exige monitoramento médico intensivo.
Especialistas lembram que o Brasil levou anos para incorporar a memantina ao SUS, mesmo sendo mais barata e com menos exigências clínicas.
O novo remédio pode incentivar diagnósticos precoces. Com mais atenção aos sintomas iniciais, médicos esperam detectar Alzheimer antes do avanço da doença.
Apesar do avanço, o alerta é claro: mais de 60% dos casos podem ser prevenidos com controle da saúde. Prevenção segue sendo a melhor estratégia no combate ao Alzheimer.