Professor devolve PIX de R$ 700, banco faz novo estorno e remetente se recusa a devolver o “extra”

O professor Luiz aguarda a investigação do banco para recuperar os R$ 700 perdidos. Ele destaca a importância da honestidade, mas lamenta a falta de reciprocidade e a desonestidade do remetente do PIX.
Publicado em Economia dia 30/06/2024 por Alan Corrêa

O professor Luiz Cezar Lustosa Garbini, morador de Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba, vive uma situação frustrante após devolver um PIX de R$ 700 que havia recebido por engano. Garbini, que utiliza o próprio número de telefone como chave PIX, foi contatado por um homem que informou ter feito uma transferência por engano. Ao conferir sua conta, o professor confirmou o depósito e prontamente devolveu o valor.

Porém, minutos depois, Garbini percebeu que o banco também havia estornado o valor, resultando em um débito de R$ 700 em sua conta. Ele relata que, após devolver o dinheiro, ficou com apenas R$ 300 dos R$ 1.000 que tinha originalmente. Ao tentar resolver a situação, entrou em contato com o remetente do PIX, que se recusou a devolver o valor e o bloqueou no WhatsApp.

O professor procurou ajuda junto ao banco Mercado Pago, que prometeu abrir um processo de verificação de fraude com previsão de resposta em até 10 dias. Caso não haja uma solução, Garbini pretende acionar a polícia para tentar reaver o valor perdido.

O professor Luiz Cezar Lustosa Garbini, de Fazenda Rio Grande, devolveu um PIX de R$ 700 que recebeu por engano. No entanto, o banco também estornou o valor, resultando em um prejuízo de R$ 700 - Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
O professor Luiz Cezar Lustosa Garbini, de Fazenda Rio Grande, devolveu um PIX de R$ 700 que recebeu por engano. No entanto, o banco também estornou o valor, resultando em um prejuízo de R$ 700 – Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Segundo especialistas, ficar com um dinheiro que não te pertence pode configurar crime de apropriação indébita, com penas que variam de 1 a 4 anos de prisão. No entanto, o caso de Garbini pode ser considerado estelionato, onde o criminoso engana a vítima para obter vantagem financeira, com pena de até 5 anos de prisão.

O g1 entrou em contato com o banco e com o PicPay, instituição financeira do remetente do PIX, mas não obteve resposta até a publicação da matéria. A situação gera alerta para cuidados em casos de transferências erradas, destacando a importância de verificar as informações antes de devolver qualquer valor.

Em casos como o de Garbini, é recomendado que as pessoas acionem as instituições financeiras e busquem orientação legal para evitar prejuízos. Este incidente ressalta a necessidade de processos claros e eficientes por parte dos bancos para lidar com erros em transferências digitais.

O professor Luiz Cezar Lustosa Garbini aguarda agora a investigação do banco para tentar recuperar os R$ 700 que lhe foram retirados indevidamente. Ele destaca a importância de agir com honestidade, mas lamenta a falta de reciprocidade e a desonestidade do remetente do PIX.

Fonte: G1.