Praticando compaixão, tudo parece mais leve e fluído em sua vida

Seja feliz e viva mais leve, isso também é saúde e qualidade de vida.
Publicado em Saúde dia 5/09/2020 por Alan Corrêa

A neurociência revela que todos nós automaticamente sentimos quando outra pessoa precisa de ajuda, ou seja, assim que notamos a outra pessoa, ativa o sentimento de empatia e automaticamente sentimos o que ela sente.

O responsável por tal fato é chamado de neurônios-espelho, que funcionam praticamente como Wi-Fi, ativando nosso cérebro exatamente nas áreas ativadas no de nosso semelhante, fazendo com que sentimos o mesmo sofrimento automaticamente.

E se a pessoa tem alguma necessidade ou está em apuros, estamos automaticamente preparados para ajudar.

Mude seu pensamento

O que determinou se alguém iria parar e ajudar um estranho necessitado é o quanto a pessoa acha que está com pressa, por exemplo. Ao ver uma situação em que alguém precise de ajuda a pessoa pode no momento pensar no quanto ela está atrasada e que não poderia perder mais tempo em parar para ajudar. Isso é, nós não aproveitamos cada oportunidade de ajudar, porque estamos olhando na direção errada.

“Isto passa por um espectro que vai de completo egocentrismo, a notar, à empatia e à compaixão. E o fato é que, se nós estamos concentrados em nós mesmos, se estamos preocupados, como é comum durante o dia, nós não notamos o outro de forma alguma. E esta diferença entre o si mesmo e estar em outro foco isso pode ser muito sutil.” Disse o psicólogo e escritor Daniel Goleman, em uma palestra TED de março de 2007.

A distinção entre o foco em nós e o foco nos outros é algo que necessita uma certa atenção. A grosso modo, podemos encontrar isso em quase toda a situação, como por exemplo no mundo dos namoros, quando um dos dois começam a falar de si mesmo, sem perguntar nada à respeito do outro.

É fundamental que quando esteja falando com outra pessoa que o celular fique desligado e que interrompa o devaneio, para prestar total atenção na pessoa. Pois, é a empatia, a sintonia que vai fazer a diferença.

Foi comprovado que não existe nenhuma correlação entre QI e empatia emocional, sentir com o outro. Eles são controlados por partes diferentes do cérebro.

Quando a piedade não está presente na situação, como por exemplo no momento em que se mata alguém, é porque essa parte do subconsciente foi simplesmente desligada. Quando nos concentramos em uma atividade, nós realmente desligamos uma parte de nós, se há outra pessoa.

“Somos todos vítimas passivas do nosso ponto cego coletivo.” Complementa Daniel Goleman.

Para incentivar as pessoas a desenvolverem e colocarem em prática a compaixão, Daniel Goleman conta um caso que aconteceu com ele:

Tudo é uma questão de saber como aproveitar melhor se cerebro e as inforações que colocará nele (Foto: reprodução)
Tudo é uma questão de saber como aproveitar melhor se cerebro e as inforações que colocará nele (Foto: reprodução)

“Um dia, era uma sexta, no fim do dia, eu desci as escadas — eu estava no metrô, era hora do rush e havia milhares de pessoas descendo as escadas. E, subitamente, enquanto descia eu notei um homem caído ao lado, sem camisa, imóvel, e as pessoas apenas pulavam por cima dele — centenas e centenas de pessoas. E porque meu transe urbano foi de algum modo enfraquecido, eu parei para ver o que havia de errado. No momento em que parei, meia dúzia de pessoas imediatamente pararam em torno dele. Descobrimos que era um hispânico, não falava inglês, não tinha dinheiro, andou pela cidade por dias, faminto, e desmaiou de fome. Imediatamente alguém trouxe suco de laranja, outro trouxe um cachorro-quente, e alguém chamou um segurança do metrô. E aquele homem se ergueu imediatamente. Tudo que precisou foi o simples ato de ser percebido. então, eu estou otimista.” Relata Daniel Goleman.

Portanto, podemos levar em consideração essa incrível história, para colocarmos mais compaixão nas coisas, devemos analisar os fatos e não ignorar e olha só para si. Assim, com certeza, sua vida irá ser mais significativa, pois quando fazemos algo que ajude o outro nós automaticamente se sentimos bem com nós mesmo.