A morte de Diná (Christiane Torloni) marca uma das sequências mais intensas da novela A Viagem, em exibição no Vale a Pena Ver de Novo, às 17h, na TV Globo. Após a partida de Otávio (Antônio Fagundes), o público se prepara para outro choque: a despedida da empresária, que altera o rumo da trama e emociona os personagens centrais.
Pontos Principais:
O momento acontece durante a viagem de Diná a Búzios. Preocupada com os conflitos familiares, ela decide ir atrás da sobrinha Bia (Fernanda Rodrigues). O reencontro é caloroso, mas logo se transforma em tragédia. A empresária sofre um ataque cardíaco fulminante, sem tempo para socorro, interrompendo bruscamente sua jornada no plano terreno.

Enquanto isso, distante dali, Estela (Lucinha Lins) vivencia uma experiência devastadora. Conhecida por sua sensibilidade e ligação espiritual com a irmã, ela sente uma dor aguda no peito. Entre lágrimas, compartilha com Alberto (Cláudio Cavalcanti) a intuição certeira: “Diná… óh, minha irmã!… A Diná morreu!… Alberto, eu sei, ela parou! Ela se foi!”.
Mesmo diante da tentativa de Alberto em acalmá-la, Estela insiste em sua percepção. Para ela, não havia dúvidas. A ligação profunda que sempre manteve com Diná desde a infância tornava impossível ignorar o pressentimento. Essa conexão espiritual entre as duas irmãs é explorada de forma intensa pela trama, reforçando o tema central da novela: o vínculo entre vida e além-vida.
A confirmação chega rapidamente. Igor (Jayme Periard), em meio ao reencontro com Bia, é o primeiro a comunicar que Diná não resistiu. A notícia se espalha e logo Alberto recebe a ligação que sela o destino da personagem. O médico e a sensitiva se abraçam, desolados, diante da certeza de que a empresária fez sua “Viagem”.
A cena é conduzida com forte carga dramática, destacando não apenas a dor da perda, mas também a espiritualidade que permeia todo o enredo de A Viagem. A morte não surge como um fim absoluto, mas como uma passagem para outro plano de existência, em sintonia com a filosofia que sustenta a narrativa.
Os capítulos ainda reforçam a atmosfera emocional com a participação de personagens que já haviam partido, como Otávio. A presença do além-vida se intensifica, ampliando a dramaticidade da trama. O público acompanha de perto a dor dos que ficaram e o impacto dos reencontros em outra dimensão.
Estela, mais uma vez, se consolida como o elo entre os dois planos. Sua sensibilidade e mediunidade trazem a dimensão espiritual para dentro do núcleo familiar, oferecendo uma leitura diferenciada da dor e da perda. O abraço com Alberto, carregado de silêncio e lágrimas, simboliza a entrega ao inevitável.
O destino de Diná representa um divisor de águas na novela. Além de emocionar os personagens, transforma também a percepção da audiência sobre a jornada espiritual proposta pela obra. A sensação de perda, misturada à certeza de continuidade no além, desperta reflexões sobre fé, laços familiares e transcendência.
Em sua trajetória, A Viagem mostra que a despedida não é apenas um ato de dor, mas também de reconexão. A morte de Diná, sentida por Estela antes mesmo da confirmação, sintetiza essa proposta: uma história em que os laços vão além do que os olhos podem ver, guiando personagens e público por uma experiência que ultrapassa os limites da vida.
Fonte: Redeglobo