A cidade de Videira, no Oeste catarinense, se viu mergulhada em tristeza após a morte de uma criança de três anos que foi esquecida dentro de um carro. A madrasta, companheira da mãe do menino, relatou que saiu pela manhã para deixar a parceira no trabalho. Na volta, teria esquecido que a criança ainda estava no banco de trás, estacionou o carro na rua e seguiu para o serviço em uma cidade vizinha, utilizando uma bicicleta.
Pontos Principais:
A investigação conduzida pela Polícia Civil aponta que o menino permaneceu trancado no veículo entre 7h e 17h. A madrasta contou ainda que o garoto apresentava sintomas gripais naquela manhã, estava medicado e aparentemente dormia, o que pode ter contribuído para que ela não notasse sua presença ao estacionar o automóvel. Segundo o delegado Édipo Flamia Hellt, a mulher afirmou fazer tratamento para transtorno de déficit de atenção.
Ao retornar ao local próximo das 17h30, a madrasta teria passado pelo carro sem perceber nada anormal. Somente quando tentou buscar o menino na creche, como de costume, é que descobriu a tragédia. Bombeiros foram acionados imediatamente, mas encontraram a criança sem sinais vitais. A Polícia Científica realizou a perícia no local para tentar determinar com precisão as causas da morte, enquanto novas testemunhas também começaram a ser ouvidas.
O caso está sendo tratado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Além da perícia, imagens de câmeras de segurança da região devem ser analisadas para reconstruir a cronologia dos fatos. A madrasta foi liberada após prestar depoimento, mas o inquérito continua, buscando entender todos os detalhes e circunstâncias que levaram à morte da criança.
O ambiente familiar foi descrito como estável, e a convivência entre o menino, a mãe e a madrasta era considerada harmoniosa. A mulher envolvida mantinha um relacionamento de quatro anos com a mãe do garoto. Agora, a comunidade de Videira aguarda respostas enquanto lida com a dor de uma perda irreparável causada, segundo a investigação, por uma falha devastadora na rotina diária.