Mario Molina: o cientista que ajudou a salvar a camada de ozônio

Mario Molina foi um químico mexicano que contribuiu significativamente para a compreensão da química atmosférica e seus efeitos na camada de ozônio. Ele nasceu em 19 de março de 1943 na Cidade do México e estudou química na Universidade Nacional Autônoma do México, antes de obter seu doutorado em química física na Universidade da Califórnia, Berkeley.
Publicado em Tecnologia dia 19/03/2023 por Alan Corrêa

Mario Molina foi um químico mexicano que contribuiu significativamente para a compreensão da química atmosférica e seus efeitos na camada de ozônio.

Ele nasceu em 19 de março de 1943 na Cidade do México e estudou química na Universidade Nacional Autônoma do México, antes de obter seu doutorado em química física na Universidade da Califórnia, Berkeley.

Durante a década de 1970, Molina e seu colega Sherwood Rowland, na Universidade da Califórnia, Irvine, começaram a investigar a reatividade dos clorofluorocarbonetos (CFCs), que eram amplamente utilizados em aerossóis, refrigerantes e solventes industriais. Eles descobriram que os CFCs têm o potencial de destruir a camada de ozônio, uma camada protetora na atmosfera que absorve a radiação ultravioleta prejudicial do sol.

Essa descoberta pioneira levou Molina e Rowland a alertar a comunidade científica e o público em geral sobre os perigos dos CFCs para a camada de ozônio. Em 1974, Molina e Rowland publicaram seu artigo seminal na revista científica Nature, alertando sobre o potencial destrutivo dos CFCs. A partir desse trabalho, surgiu um grande debate científico e político sobre o uso de CFCs, levando à assinatura do Protocolo de Montreal em 1987, que previa a eliminação gradual dos CFCs.

Além de sua contribuição para a compreensão dos efeitos dos CFCs na camada de ozônio, Molina também desempenhou um papel importante na identificação do buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Em 1986, ele foi agraciado com o Prêmio Nobel de Química, juntamente com Rowland e o químico Paul Crutzen, pelo seu trabalho pioneiro na química atmosférica.

Molina continuou a trabalhar na pesquisa em química atmosférica e mudanças climáticas ao longo de sua carreira, tendo passado por várias universidades e instituições de pesquisa. Ele também foi um defensor ativo do meio ambiente e um membro ativo de várias organizações ambientais, incluindo a União Internacional para a Conservação da Natureza e a Fundação Mario Molina.

Infelizmente, Mario Molina faleceu em 2020, deixando um legado duradouro na compreensão dos efeitos humanos sobre o meio ambiente e na necessidade de proteger a camada de ozônio e o clima global. Sua contribuição na descoberta dos efeitos dos CFCs na camada de ozônio continua a influenciar a política e a indústria, e seu legado inspira a próxima geração de cientistas a trabalhar pela proteção do meio ambiente e do clima global.

*Com informações do Google, Centro Mario Molina, AgênciaBrasil e Wikipédia.