No período entre janeiro e abril deste ano, o Brasil testemunhou a abertura de mais de 1,3 milhão de empresas, segundo o Mapa de Empresas, um documento elaborado em parceria pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). O tempo médio necessário para a criação dessas empresas foi de apenas 1 dia e seis horas.
De acordo com o relatório, o país agora conta com um total de 21 milhões de CNPJs ativos, dos quais 93,7% pertencem a microempresas ou empresas de pequeno porte. No primeiro quadrimestre de 2023, foram abertas 1.331.940 empresas, enquanto 736.977 CNPJs foram encerrados no mesmo período, resultando em um saldo positivo de 594.963 empresas.
“O total de aberturas foi 21,8% maior do que no quadrimestre anterior e 1,6% menor em relação ao mesmo período de 2022. Já os fechamentos representaram aumento de 34,3% e 34,7%, respectivamente, nas mesmas bases”, informou o ministério.
Em termos absolutos, São Paulo liderou o ranking dos estados com o maior número de empresas abertas, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Goiás.
“Em termos de crescimento percentual, porém, os estados que mais avançaram sobre o quadrimestre anterior, último de 2022, foram Tocantins (34,8%), Mato Grosso (32,9%), Rondônia (29,9%), Paraná (28,2%) e Roraima (27,1%)”, acrescenta.
Quanto aos setores de atividade, 83,8% das empresas abertas no país no primeiro quadrimestre pertencem aos segmentos de comércio e serviços, sendo este último responsável por 59,5% do total. Algumas áreas se destacaram, como promoção de vendas, comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, preparação de documentos e serviços de apoio administrativo, cabeleireiros, manicure e pedicure, e obras de alvenaria.
Essa impressionante quantidade de novas empresas demonstra o dinamismo da economia brasileira e a confiança dos empreendedores em investir no país.
“A liderança de tais atividades se relaciona ao fato de 80,4% dos registros serem de MEIs [microempreendedoras individuais]. No primeiro quadrimestre, foram abertas 1.070.506 empresas nesse espectro, aumento de 25,4% em relação ao quadrimestre anterior e queda de 3,1% sobre igual período de 2022”, explica o MDIC.
Com relação ao tempo médio para abertura de empresas, houve uma redução significativa em 2023, com uma diminuição de 10 horas em comparação ao mesmo período de 2022.
“Em relação às capitais, Curitiba (PR) e Aracaju (SE) registraram menor tempo de abertura, com média de apenas duas horas. Já Belém do Pará foi a que demandou mais tempo (2 dias e 22 horas), seguido pela cidade de São Paulo (1 dia e seis horas)”, informou o MDIC.
A simplificação na abertura de empresas é destacada pela diretora do Drei/MDIC, Amanda Souto, como fator determinante para o tempo médio de 1 dia.
“Com o avanço da padronização de procedimentos e fluxo nas 27 unidades federativas, esse indicador tende a cair ainda mais, além de refletir o avanço da digitalização e automatização dos procedimentos necessários para formalizar novos negócios”, disse a diretora.
*Com informações da Agência Brasil.