Governo quer regulamentar trabalho por aplicativos

Nesta segunda-feira, ocorreu o tão esperado encontro do grupo de trabalho (GT) responsável por definir uma proposta de regulamentação das atividades realizadas por meio de plataformas tecnológicas, isso incluí apps como Uber, 99, iFood e demais. Representantes das empresas de serviços, trabalhadores do setor e outras áreas do governo se reuniram para discutir questões que afetam diretamente a relação de trabalho, como condições de trabalho, jornada, segurança e proteção social.
Publicado em Trabalho dia 5/06/2023 por Alan Corrêa

Nesta segunda-feira, ocorreu o tão esperado encontro do grupo de trabalho (GT) responsável por definir uma proposta de regulamentação das atividades realizadas por meio de plataformas tecnológicas, isso incluí apps como Uber, 99, iFood e demais. Representantes das empresas de serviços, trabalhadores do setor e outras áreas do governo se reuniram para discutir questões que afetam diretamente a relação de trabalho, como condições de trabalho, jornada, segurança e proteção social.

Com um prazo de 150 dias, a partir da data de entrada em vigor do decreto de criação do grupo, prorrogável por igual período, espera-se que seja apresentado um relatório final das atividades. Parece que o governo está dando uma chance para as partes envolvidas refletirem sobre o equilíbrio necessário nessas questões.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou a importância de garantir um equilíbrio entre as partes interessadas. Segundo ele, a jornada de trabalho não pode ser extenuante, e o trabalho precisa ser valorizado. Marinho ressaltou a necessidade de oferecer mecanismos de transparência e evitar que os trabalhadores prejudicados sejam forçados a conversar com uma máquina, em vez de um ser humano.

Surpreendentemente, as empresas responsáveis por aplicativos se mostraram favoráveis ao reconhecimento de garantias sociais e de previdência social. No entanto, o ministro considerou essas posições insuficientes. De acordo com Marinho, reconhecer essas garantias é essencial, mas ainda é pouco.

O ministro também enfatizou a importância de construir um entendimento sólido entre as partes envolvidas, a fim de apresentar ao parlamento um projeto de lei equilibrado. Ele pediu serenidade durante esse processo de construção e destacou a responsabilidade de oferecer ao parlamento propostas que possam se transformar em leis efetivas.

O GT, que teve sua primeira reunião fechada, deve continuar discutindo questões relevantes nos próximos encontros, enquanto busca encontrar soluções para os desafios enfrentados na relação de trabalho entre empresas e empregados. Condições de trabalho, jornada, segurança e proteção social estão entre os pontos-chave a serem abordados.

Embora a reunião tenha ocorrido a portas fechadas, espera-se que o grupo de trabalho promova um ambiente de serenidade e diálogo construtivo. Com os interesses de empresas, trabalhadores e governo em jogo, o desafio é chegar a um consenso que beneficie a todos. Resta aguardar as próximas etapas desse processo de regulamentação das atividades executadas por meio de plataformas tecnológicas.

*Com informações da Agência Brasil.