A morte do ator Gene Hackman, vencedor do Oscar, comoveu o mundo em fevereiro de 2025. Agora, o laudo final da autópsia trouxe luz a uma história ainda mais dolorosa, revelando detalhes da luta silenciosa do ator em seus últimos dias.
Pontos Principais:
Gene Hackman, aos 95 anos, enfrentava Alzheimer em estágio avançado e vivia recluso em sua casa no Novo México. O exame apontou sinais de doença cardiovascular grave e alterações severas nos rins, além da confirmação de um longo período sem alimentação antes do óbito.
A tragédia se agravou pela morte de sua esposa, Betsy Arakawa, de 64 anos, que faleceu primeiro devido a uma infecção por hantavírus. Isolado e sem condições cognitivas plenas para reagir, Hackman teria sobrevivido cerca de uma semana sozinho, antes de também falecer.
O jejum prolongado foi identificado no laudo por altos níveis de acetona no sangue do ator, uma marca típica da ausência prolongada de nutrientes. A perda de suporte afetivo imediato teria acelerado o declínio fatal.
A residência foi encontrada aberta, sem sinais de arrombamento. Os corpos foram descobertos apenas semanas depois, junto com o do cachorro da família, em uma cena que chocou as autoridades locais.
Hackman implantara um marcapasso em 2019 e apresentava registros de problemas cardíacos antigos. A combinação de Alzheimer, insuficiência cardíaca e falência renal formou o quadro letal agravado pela falta de alimentação.
O casal foi enterrado em uma cerimônia discreta em Santa Fé, respeitando a privacidade que Hackman sempre prezou ao longo de sua vida. A família optou por um funeral reservado a amigos íntimos.
O caso expõe a vulnerabilidade de idosos com doenças neurodegenerativas, especialmente em situações de isolamento, e levanta debates sobre políticas de suporte a essa população.
A história de Gene Hackman, marcada por grandes triunfos artísticos, termina em tons de profunda tristeza e solidão, em contraste com a energia e vitalidade que ele levou às telas por décadas.