Ôia só, o queijo Minas artesanal tá disputando pra virar um trem importante pro mundo todo, sô!
O queijo Minas artesanal está concorrendo para se tornar um Patrimônio Imaterial da Humanidade, e serão avaliadas as técnicas de produção desenvolvidas pelos pequenos produtores rurais em Minas Gerais ao longo de três séculos. Esse tipo de queijo é uma tradição local que tem ganhado destaque e é muito apreciado.
Uma comissão da Unesco será responsável por avaliar todo o processo de produção, e a votação final está prevista para o final de 2024.
Para que uma candidatura seja considerada para a Lista Representativa, é necessário que ela atenda a certos critérios. Primeiro, o bem cultural deve ser reconhecido nacionalmente e registrado como patrimônio imaterial pelo Iphan. Além disso, deve ter um plano de salvaguarda elaborado e garantir a participação dos detentores do saber no processo.
Além desses requisitos, a inclusão do bem cultural na lista deve contribuir para aumentar a conscientização sobre a importância do patrimônio cultural imaterial, encorajar o diálogo e refletir a criatividade humana.
A candidatura do Queijo Minas Artesanal enfatiza que as propriedades envolvidas na sua produção têm um caráter familiar e destaca a preocupação tradicional dos produtores com o bem-estar animal. Também enfatiza que o queijo desempenha um papel importante na articulação de um modo de vida marcado pela importância das relações de boa vizinhança, tolerância e hospitalidade, cultivados nas comunidades rurais e por um forte sentido de pertencimento ao plano local.
Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal representam uma coleção de experiências, símbolos e significados que estabelecem a identidade deste patrimônio cultural imaterial, amplamente reconhecido pelos brasileiros. “A inclusão desse bem na Lista Representativa da Unesco é uma significativa valorização desse bem, que deve ser preservado e valorizado para as gerações futuras”, conclui Grass.
Em 2002, o Iepha/MG reconheceu o Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal como o primeiro bem cultural registrado por Minas Gerais como patrimônio imaterial na região do Serro. Em 2008, o Iphan expandiu o registro para contemplar três regiões: Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre/Alto Paranaíba, sob o título Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas.
Em 2021, o Iphan decidiu ampliar o território de abrangência do registro, alterando o título do bem cultural para Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal. Agora, além das regiões previamente registradas, o registro também inclui as regiões identificadas pela Emater-MG: Araxá, Campo das Vertentes, Serras do Ibitipoca, Triângulo de Minas, Diamantina e Entre Serras da Piedade e do Caraça.