Na terça-feira (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro será interrogado pela Polícia Federal. Ele provavelmente afirmará que não tinha conhecimento da fraude em seu cartão de vacinação.
Bolsonaro provavelmente afirmará que não estava ciente do esquema e usará como argumento o fato de que seu posicionamento contra vacinas é amplamente conhecido globalmente, o que o levaria a não ter interesse em falsificar seu cartão de vacina e contradizer sua postura já conhecida por outros países. No entanto, o ex-presidente também tentará evitar implicar ainda mais Mauro Cid.
Na semana passada, a Polícia Federal iniciou a operação Venire, que tem como objetivo investigar a ocorrência de crimes relacionados à inclusão de informações falsas sobre vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde nos cartões de Jair Bolsonaro, sua filha com Michelle, Max Guilherme Machado, Sergio Rocha Cordeiro, bem como Mauro Cid e seus familiares. Machado e Cordeiro atuaram como assessores do ex-presidente no Planalto.
Durante a operação, as autoridades policiais executaram um mandado de busca e apreensão em um local associado ao ex-presidente em Brasília e efetuaram a prisão preventiva do tenente-coronel Mauro Cid.