Uma recente pesquisa realizada pelo Procon de São Paulo revelou disparidades surpreendentes nos preços dos medicamentos genéricos, com uma diferença de até 969%. Entre os remédios de referência, a maior discrepância encontrada foi de 166%. Os resultados do levantamento foram divulgados nesta segunda-feira (3).
No caso dos medicamentos genéricos, a maior discrepância de preço foi identificada na cidade de Presidente Prudente (SP), onde o medicamento Nimesulida de 100 mg e 12 comprimidos era vendido por R$ 31,96 em uma farmácia, enquanto em outra o mesmo produto era encontrado por apenas R$ 2,99, resultando em uma diferença de 969%.
Já no segmento de medicamentos de referência, a maior variação de preço foi registrada na cidade de Guaíra (SP). O medicamento Lasix (Furosemida), fabricado pela Sanofi-Aventis, de 40 mg e com 20 comprimidos, era vendido por R$ 23,94 em um estabelecimento, enquanto em outro o valor era de apenas R$ 9, representando uma variação de 166%.
A pesquisa abrangeu os preços em sites das principais redes de farmácias, além de 126 lojas físicas no interior e litoral de São Paulo, durante os dias 5 a 7 de junho. A tabela com os preços dos medicamentos está disponível para consulta aqui.
“O objetivo deste levantamento anual de preços do Procon-SP é fornecer referências aos consumidores paulistas e ressaltar a importância de pesquisar os preços em diferentes estabelecimentos antes de efetuar uma compra”, ressaltou o Procon-SP em comunicado.
O estudo também comparou os preços médios dos medicamentos genéricos com os de referência. Em todos os estabelecimentos analisados, os genéricos apresentaram preços médios mais baixos do que os remédios de referência, sendo que a maior diferença foi constatada em Praia Grande (65,64%).
Quanto à comparação dos preços atuais com os do mesmo período do ano anterior, o Procon-SP constatou que o valor dos medicamentos teve um aumento médio de 9,84%. Essa variação está acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período analisado, que apresentou uma variação de 3,94%.
É importante destacar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determina que as farmácias e drogarias não podem ultrapassar o preço máximo permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). A lista com os preços máximos pode ser consultada aqui.
*Com informações da Agência Brasil.