112º Aniversário de Kamala Sohonie virou um interessante Doodle, uma arte que homanageia a bioquímica indiana na página inicial do Google.
Hoje, o Doodle celebra o 112º aniversário da bioquímica indiana Dra. Kamala Sohonie. Ela foi a primeira mulher indiana a obter um doutorado em um campo científico em uma época em que as mulheres indianas eram visivelmente sub-representadas em disciplinas científicas. Ao quebrar barreiras e provar seus críticos errados, a Dra. Sohonie não apenas fez um trabalho pioneiro em seu campo da bioquímica, mas também ajudou a abrir caminho para futuras mulheres indianas superarem o preconceito de gênero e perseguirem seus sonhos.
“Kamala Sohonie, a primeira mulher indiana a obter um PhD em uma disciplina científica, abrindo caminho para as mulheres buscarem diplomas na área”.
De acordo com registros históricos familiares, a Dra. Sohonie nasceu em Indore, Madhya Pradesh, neste dia de 1911, filha de pais respeitados químicos. Querendo seguir os passos de seu pai e tio, ela estudou química e física na Universidade de Bombaim e se formou com as melhores notas de sua turma em 1933. Ela se tornou a primeira mulher a ser admitida no Instituto Indiano de Ciências (IISc), mas foi submetida a condições rigorosas durante seu primeiro ano, tudo porque o diretor duvidava das capacidades das mulheres na ciência.
A Dra. Sohonie provou sua competência e obteve permissão para continuar sua pesquisa. Na verdade, ela impressionou tanto o diretor que o IISc começou a aceitar mais mulheres em seu programa. Nos anos seguintes, Sohonie estudou as várias proteínas encontradas em leguminosas e concluiu que elas aumentavam a nutrição em crianças. Em 1936, ela publicou sua tese sobre esse assunto e obteve seu mestrado.
Um ano depois, ela recebeu uma bolsa de pesquisa na Universidade de Cambridge. A Dra. Sohonie descobriu a Citocromo C, uma enzima importante para a geração de energia, e constatou que ela estava presente em todas as células vegetais. Em apenas 14 meses, ela concluiu sua tese sobre essa descoberta e obteve seu doutorado. Quando retornou à Índia, a Dra. Sohonie continuou estudando os benefícios de certos alimentos e ajudou a desenvolver um suplemento dietético acessível feito a partir do néctar da palma. Essa bebida nutritiva, chamada de Neera, é uma boa fonte de vitamina C e comprovadamente melhora a saúde de crianças desnutridas e mulheres grávidas.
A Dra. Sohonie recebeu o Prêmio Rashtrapati por seu trabalho com o Neera. Ela também se tornou a primeira diretora mulher do Instituto Real de Ciências de Bombaim.
Kamala Sohonie foi uma renomada cientista indiana, reconhecida por suas contribuições significativas no campo da bioquímica. Ela nasceu em 1912, em Bombay (atualmente Mumbai), Índia, e faleceu em 1998.
Sohonie foi a primeira mulher indiana a obter um diploma de mestrado em ciências na Universidade de Mumbai. Ela então prosseguiu seus estudos na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, onde se tornou a primeira mulher indiana a obter um doutorado em bioquímica.
Após concluir seu doutorado, Sohonie retornou à Índia e ingressou no Instituto Indiano de Ciência, em Bangalore. Lá, ela conduziu pesquisas inovadoras sobre o metabolismo de lipídios e carboidratos em várias plantas e organismos, contribuindo para o entendimento desses processos bioquímicos.
Durante sua carreira, Sohonie publicou vários artigos científicos importantes e foi reconhecida internacionalmente por suas pesquisas. Ela também foi uma defensora do papel das mulheres na ciência e trabalhou ativamente para promover a igualdade de gênero e a inclusão das mulheres na pesquisa científica na Índia.
Além de suas contribuições científicas, Kamala Sohonie desempenhou um papel fundamental na fundação da Sociedade de Bioquímica da Índia e foi uma das primeiras mulheres a se tornar membro da Academia Indiana de Ciências. Ela recebeu vários prêmios e honrarias ao longo de sua vida, em reconhecimento ao seu trabalho pioneiro e ao impacto que teve no campo da bioquímica.
Kamala Sohonie é lembrada como uma figura inspiradora e um exemplo de sucesso para as mulheres na ciência. Sua dedicação à pesquisa e suas conquistas significativas abriram caminho para futuras gerações de cientistas indianas, ajudando a quebrar barreiras e estereótipos de gênero no campo científico.