Zarina Hashmi é homenageada pelo Google

O Doodle de hoje celebra a artista e gravurista indo-americana Zarina Hashmi, amplamente reconhecida como uma das figuras mais significativas do movimento minimalista. Com ilustrações da artista convidada Tara Anand, de Nova York, a obra captura o uso de formas abstratas e geométricas pelo trabalho de Hashmi, que explora conceitos de lar, deslocamento, fronteiras e memória.
Publicado em Tecnologia dia 16/07/2023 por Alan Corrêa

O Doodle de hoje celebra a artista e gravurista indo-americana Zarina Hashmi, amplamente reconhecida como uma das figuras mais significativas do movimento minimalista. Com ilustrações da artista convidada Tara Anand, de Nova York, a obra captura o uso de formas abstratas e geométricas pelo trabalho de Hashmi, que explora conceitos de lar, deslocamento, fronteiras e memória.

Nascida no dia de hoje, em 1937, na pequena cidade indiana de Aligarh, Hashmi viveu uma vida idílica ao lado de seus quatro irmãos até a Partição da Índia, em 1947. Esse trágico evento deslocou milhões de pessoas, e a família de Zarina foi forçada a fugir para Karachi, na recém-formada nação do Paquistão.

Homenagem ao legado de Zarina Hashmi, artista indo-americana do movimento minimalista
Homenagem ao legado de Zarina Hashmi, artista indo-americana do movimento minimalista

Aos 21 anos, Zarina casou-se com um jovem diplomata do serviço estrangeiro e começou a viajar pelo mundo. Ela passou um tempo em Bangkok, Paris e Japão, onde se aprofundou na arte da gravura e em movimentos artísticos como o modernismo e a abstração.

Em 1977, Hashmi mudou-se para a cidade de Nova York e tornou-se uma forte defensora das mulheres e artistas de cor. Logo, ela se juntou ao coletivo Heresies, uma publicação feminista que explorava a interseção entre arte, política e justiça social.

Ela também lecionou no New York Feminist Art Institute, uma instituição que proporcionava igualdade de oportunidades educacionais para artistas do sexo feminino. Em 1980, ela co-curou uma exposição na A.I.R. Gallery intitulada “Dialectics of Isolation: An Exhibition of Third World Women Artists of the United States”. Essa exposição inovadora apresentou trabalhos de diversas artistas e proporcionou um espaço para artistas femininas de cor.

Como parte do movimento artístico do Minimalismo, Zarina Hashmi tornou-se internacionalmente conhecida por suas marcantes gravuras em madeira e em metal que combinavam imagens semi-abstratas de casas e cidades onde ela havia vivido. Seu trabalho frequentemente continha inscrições em sua língua nativa, o Urdu, e elementos geométricos inspirados na arte islâmica.

As obras de Hashmi continuam a ser admiradas por pessoas de todo o mundo e integram coleções permanentes em prestigiados museus, como o Museu de Arte Moderna de São Francisco, o Whitney Museum of American Art, o Museu Solomon R. Guggenheim e o Museu Metropolitano de Arte, entre outros.

Feliz aniversário, Zarina! Seu legado artístico e seu compromisso com a igualdade e a representatividade continuam a inspirar gerações de artistas e admiradores ao redor do mundo.

*Com informações do Google.