Entidades relacionadas à educação expressam aprovação pela suspensão do novo modelo de ensino médio.
Com informações da Agência Brasil.
A suspensão do Novo Ensino Médio (NEM) por 60 dias, anunciada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2017, foi bem recebida no meio educacional.
Parte do Cronograma Nacional de Implementação do NEM teve seus prazos suspensos até a conclusão da consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional sobre o ensino médio.
Especialistas e entidades educacionais consideram que o tema precisa ser abordado através de um diálogo entre o governo e o setor. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) considera a suspensão um passo importante para os estudantes e professores.
A presidente da Ubes, Jade Beatriz, defende a participação dos estudantes na elaboração do novo currículo e sinalizou que fará uma mobilização nacional pela revogação total e imediata do novo ensino médio.
O Todos pela Educação aprovou a suspensão da implementação do novo ensino médio, mas o diretor de Políticas Públicas da entidade, Gabriel Corrêa, argumenta que o MEC precisa esclarecer o que isso significará no dia a dia dos profissionais e estudantes.
A professora Katharine Ninive Pinto Silva, da Universidade Federal de Pernambuco, entende que a suspensão do cronograma foi necessária, mas insuficiente. Para ela, é preciso revogar esse modelo de ensino médio, pois aprofunda as desigualdades de acesso ao conhecimento historicamente produzido pela humanidade.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação entende que a medida do governo é um “primeiro passo” e requer providências posteriores. No entanto, Andressa Pellanda, coordenadora geral da entidade, considera que o modelo proposto pelo governo não serve para a formação plena dos estudantes e para a cidadania e trabalho.