Conta de luz subiu mais que a inflação entre 2015 e 2022
fusne.com
A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) divulgou dados indicando que, no período analisado, houve um aumento acumulado de 70% nas tarifas elétricas residenciais.
Em contraste, a inflação oficial medida pelo IPCA registrou um aumento de 58%, ou seja, 12 pontos percentuais a menos.
A Abraceel atribui essa diferença à queda de 20% no preço médio da tarifa residencial de energia no ano anterior.
Dois fatores principais contribuíram para essa redução de preço: a diminuição da carga tributária sobre a energia elétrica e a melhora nas condições hidrológicas.
O aumento das chuvas permitiu que as hidrelétricas mantivessem níveis satisfatórios de produção, evitando a necessidade de acionar as usinas termelétricas para suprir a demanda.
Isso possibilitou manter a bandeira tarifária verde na conta de luz, que indica um custo mais baixo para os consumidores.
No entanto, a Abraceel argumenta que a energia elétrica no Brasil poderia ser mais acessível para os consumidores.
A entidade defende que a melhor abordagem seria realizar uma reforma estrutural no setor elétrico, abrindo completamente o mercado para todos os consumidores de energia elétrica.
A Abraceel sustenta sua posição afirmando que os números demonstram que essa é a melhor solução.
Para os consumidores que têm a opção de escolher seu fornecedor no mercado livre de energia, que representa apenas 0,03% do total de consumidores do país, os preços, negociados livremente, aumentaram apenas 9% entre 2015 e 2022.
No mesmo período de oito anos, os demais consumidores tiveram um aumento de 70% na conta de luz.