Por Fusne.com
16/10/2022
Com informações da Brasil 61
O Brasil começou a perder posições no ranking após a recessão entre 2014 e 2016, a maior da série histórica, de acordo com o IBGE, e a desvalorização do real. Foi ultrapassado por México e Indonésia. Em 2018, Taiwan e Rússia passaram à frente do Brasil e, no ano passado, a Turquia.
Constanza Negri, gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, analisa que a tendência de queda de participação da indústria brasileira na produção mundial se deve a questões estruturais. “As empresas industriais brasileiras têm muito desafio para concorrer em pé de igualdade com empresas industriais de outros países, e as principais causas residem em desafios muito ligados ao Custo Brasil, a um sistema tributário complexo, também na infraestrutura, na questão de produtividade, nas dificuldades para aumentar investimento e para inovar ainda mais”, avalia.
Não bastassem essas dificuldades, Constanza aponta que fatores conjunturais também têm afetado o crescimento da indústria brasileira.
“Notadamente os efeitos da pandemia e do pós-pandemia, questões ligadas à logística e de comércio exterior, como desafios para o suprimento de insumos, as cadeias, o aumento no custo do transporte internacional, dos fretes, têm trazido desafios ainda maiores se acrescentados àqueles estruturais que a indústria brasileira já enfrenta”, afirma.
A China manteve a primeira posição no ranking de produção mundial. O país asiático ampliou a participação de 30,08% para 30,45%.
O mesmo ocorreu com os Estados Unidos, cuja participação cresceu de 16,59% para 16,76%. Quando o assunto é valor adicionado da indústria de transformação, Japão e Alemanha foram os países que mais perderam participação entre 2020 e 2021, mas mantiveram a terceira e quarta posições no ranking.