A Volkswagen é conhecida mundialmente por, além de seus veículos próprios, ser a marca proprietária de outras diversas montadoras de renome como Audi, Porsche, Bentley, Bugatti e Lamborghini.
Muitas vezes os carros de maior desempenho e luxo estão nas marcas que pertencem à Volkswagen. Mas você acredita que a própria Volkswagen já decidiu criar seu próprio veículo superesportivo? E que esse veículo ainda seria o precursor do famigerado Bugatti Veyron? Pode parecer até difícil de acreditar, mas essa é a história do Volkswagen W12!
Em meados dos anos 90, a Volkswagen decidiu se dedicar aos motores W12, uma junção de dois blocos V6 com um ângulo menor. A ideia era testar esse motor para que pudesse ser utilizado em outros carros posteriormente, como foi o caso do Touareg e do Phaetom, além dos veículos da Bentley.
Foi então com a ideia de criar um veículo sem fins comerciais e sim experimentais que nasceu o W12, sendo batizado com o nome do próprio motor que o mesmo carregava.
Apresentado ao mundo pela primeira vez em 1997 no salão de Tóquio e com o design assinado por Giorgetto Giurgiaro da Italdesign, o veículo rapidamente chamou atenção por suas linhas futuristas e, é claro, seu motor W12.
Ao total, foram três aparições em salões de automóveis do W12, em cada uma aparecendo com uma versão diferente.
A primeira foi chamada de W12 Syncro, pois fazia referência ao sistema de tração integral que recebeu o mesmo nome. Com 4,40m de comprimento, e altura de 1,10, o desenho era realmente esportivo até demais, fazendo valer a aposta da marca.
Logo em 1998, o W12 Roadster deu as caras no Salão de Genebra. Com um teto removível, o veículo mantinha as características do W12 Syncro, além é claro do belíssimo motor W12 5.6 de 420 cv de potência.
Mas o veículo iria servir apenas como um teste sem deixar nenhuma marca registrada? Nada disso! A Volkswagen aprimorou o motor para que o mesmo desenvolvesse 600 cv e alcançasse máxima de 357 km/h. Resultado? O W12 bateu o recorde de velocidade nas 24 Horas de Nardò, com uma média de 322 km/h em 7 quilômetros percorridos. O sucesso foi tão grande que aquele W12 ganhou o apelido de Nardò, ou simplesmente W12 Coupé.
Desde a última aparição do W12 no Salão de Tóquio em 2002, muitas pessoas se perguntam o que teria acontecido com o veículo que, mesmo sem fins comerciais, ganhou a admiração do público.
Acontece que a Volkswagen queria desenvolver um veículo extremamente rápido e até então a única marca que poderia comportar um veículo nesse estilo era a Porsche, que ainda estava com vendas baixas. Com isso, em 1998, a Volkswagen adquiriu tanto a Lamborghini quanto a Bugatti e, por não querer mexer na já tradição da Lamborghini, decidiu investir em um veículo novo para a Bugatti.
É por isso que a maior hipótese de todas é que o W12 tenha sido utilizado como base para pensar como seria o desenvolvimento do icônico Bugatti Veyron, que viria a ser apresentado três anos depois da última aparição do W12.
Claro que os 357 km/h do W12 não chegam nem perto dos mais de 430 km/h atingidos pelo Veyron e seu motor W16, mas pode se dizer que se não fosse aquele veículo com linhas futuristas e com um conceito de motor em W, você nunca teria ouvido falar no Bugatti Veyron!.