Você sabia que sua internet chega por cabo submarino?

Vamos conhecer um pouquinho mais sobre o cabo submarino e entender como ele funciona, além disso, tudo o que acontece quando ele transmite um dado de um determinado lugar para outro. Pois é, talvez você nunca tenha pensado nessa possibilidade, não é mesmo?
Publicado em Tecnologia dia 25/05/2021 por Alan Corrêa

Você já parou pra pensar como as mensagens que você manda daqui do Brasil, chegam em países distantes? Pois é, essa é uma pergunta que talvez você nunca tenha parado para pensar de verdade, mas a resposta é que, elas vão e vem por cabos submarinos.

Não é de hoje que a transmissão via cabos está acontecendo, porém, ela sempre é utilizada e desenvolvida por novos sistemas tecnológicos, que visam trazem melhoria nessa funcionalidade, otimizando ainda mais essa ferramenta de transferência de dados.

Vamos conhecer um pouquinho mais sobre o cabo submarino e entender como ele funciona, além disso, tudo o que acontece quando ele transmite um dado de um determinado lugar para outro. Pois é, talvez você nunca tenha pensado nessa possibilidade, não é mesmo?

História do cabo submarino

O cabo submarino é responsável por uma transmissão, é claro que, ao longo do tempo isso foi sendo atualizado, e alguns envios que demoraram minutos pra chegar, hoje chegam em apenas alguns milissegundos, coisa rápida mesmo!

O primeiro cabos surgido não foi agora, isso aconteceu em 1851 que era o telegráfico. Em 1858 tivemos um cabo submarino transatlântico que ligava os EUA e Inglaterra, porém esse sistema ainda funcionava de forma lenta, transportando apenas 2 palavras por minuto.

Em 1970 foi lançado o cabo submarino de fibra óptica em curtas distâncias, e em 1988 tivemos o desenvolvimento de um que atingia em até longa distâncias. Atualmente, temos um cabo que alcança em até 38 mil quilômetros, e se interliga em pelo menos 32 países.

Como tudo isso funciona?

Vamos entender todo o processo de transmissão, desde a sua saída até a sua chegada. Então vejamos, você enviou um e-mail a algum parente, essa mensagem terá de ser convertida em dados criptográficos, que passarão pelo modem de internet, seguirão até uma rede de conexões, que de lá, ele é transmitido para um backbone e então pegaram a estrada para chegar no “local”, que se correspondem aos cabos.

Parece ser uma longa viagem até chegar no local de destino, não é mesmo? Mas ai é que está a tecnologia, essas conexões são realizadas de forma extremamente rápida, fazendo com que as interações entre os usuários sejam praticamente instantâneas.

Podemos observar que o envio de uma mensagem atualmente, tem uma velocidade média de 4Tbps (terabits por segundo), ou seja, algo muito rápido e que assim que você envia um “oi” pelo whatsapp, a resposta da outra pessoa acaba sendo muito mais rápida.

A vida marinha interfere nesses cabos?

Duas perguntas que são bem frequentes é: Será que esses cabos afetam de alguma forma o nosso ecossistema? E se houver interação com os animais, isso pode acarretar no funcionamento do cabo? Vamos responder a essas questões.

A princípio, os cabos marinhos são bem reforçados em águas rasas, tentando não deixar que a própria água ou animais possam acabar limitando o seu funcionamento total por conta de alguma interação direta, e mesmo assim isso acaba acontecendo.

Em 2014, tubarões acabaram atacando um cabo da rede Google, que interligava os países EUA e Japão. De acordo com pesquisadores, esses cabos de energia não afetam o ecossistema dos animais marinhos, e por alguns estudos, não foram vistas diferenças significativas de criaturas que vivem perto ou que vivem longe dessa energia toda.

Porém, um ponto interessante que os pesquisadores deixaram é que, por existir aquele cabo, pode ser que aconteça dos animais o interpretarem de um outro modo, e com isso, acaba afetando em seu comportamento.

Como é a resistência desses cabos?

Principalmente em águas rasas, eles acabam sendo um pouco mais reforçados, mas isso não significa que eles não precisem de uma manutenção. Algumas pesquisas e estimativas mostram que eles precisam de mais de 50 reparos por ano.

Os fatores que acabam entrando como uma “ameaça” a esses cabos, não se relacionam apenas com a vida marinha, como ataques de tubarão entre outros. Mas sim com catástrofes naturais, como terremotos, e a pressão da água e profundidade também interferem.

Atualmente, com cerca de 60% desses cortes dos cabos, correspondem a cerca de pescas e âncoras de navios, que acabam atrapalhando o funcionamento, cortando essas energias.