Vencedor do Nobel de Química diz que IA poderá curar todas as doenças até 2035 e fala em “abundância radical”

Em vez de temer a IA, Demis Hassabis vê nela uma aliada poderosa da humanidade. Segundo o vencedor do Nobel de Química de 2024, a inteligência artificial está próxima de curar todas as doenças conhecidas. Através do projeto AlphaFold, que mapeou milhões de proteínas, a medicina avança décadas em poucos meses. Para Hassabis, estamos a caminho de uma era de abundância radical, mesmo diante de riscos como o uso indevido da tecnologia.
Publicado por Alan Correa em Saúde dia 24/04/2025

Enquanto o debate público sobre inteligência artificial se concentra nos riscos e ameaças, Demis Hassabis enxerga a tecnologia sob outra ótica: a de salvar vidas. Cofundador da DeepMind, braço de IA do Google, Hassabis recebeu o Prêmio Nobel de Química em 2024 pelo trabalho que pode transformar a medicina para sempre. Para ele, o potencial da IA é claro: curar todas as doenças conhecidas ainda nesta década.

Pontos Principais:

  • Demis Hassabis prevê cura de todas as doenças com IA até 2035.
  • AlphaFold mapeou mais de 200 milhões de proteínas em um ano.
  • IA pode reduzir desenvolvimento de medicamentos de 10 anos para semanas.
  • Riscos incluem uso indevido da IA e perda de controle da tecnologia.

A conquista que embasa essa previsão é o sistema AlphaFold. Combinando biologia e inteligência artificial, o software mapeou a estrutura de mais de 200 milhões de proteínas em apenas um ano. Esse processo, que antes levaria séculos, abre caminho para a criação de medicamentos em semanas, algo impossível até recentemente.

Demis Hassabis, da DeepMind, prevê que a IA poderá curar todas as doenças até 2035.
Demis Hassabis, da DeepMind, prevê que a IA poderá curar todas as doenças até 2035.

Segundo Hassabis, a IA não apenas resolve problemas: em breve, será capaz de identificá-los e apresentar soluções criativas. Ele acredita que essa nova geração de IA autônoma, combinada a robôs inteligentes, chegará nos próximos dois anos. Um salto tecnológico com impacto direto em saúde, produção e qualidade de vida.

Em entrevista à CBS News, o cientista foi direto: “Acho que um dia poderemos curar todas as doenças com a ajuda da IA. Talvez na próxima década.” Não se trata de especulação sem base: a trajetória de Hassabis e os resultados do AlphaFold sustentam essa projeção otimista.

O avanço pode levar à chamada “abundância radical”, conceito em que recursos deixam de ser escassos graças à eficiência da IA. Em áreas como energia, logística, produção e saúde, a automação inteligente promete multiplicar o acesso a soluções antes restritas a poucos.

Mas nem tudo são promessas. Hassabis reconhece os riscos da tecnologia. O uso malicioso por governos, corporações ou criminosos está entre os principais temores. E há ainda o receio de uma IA fora de controle, capaz de agir sem supervisão humana.

Apesar disso, sua visão permanece otimista. Ele vê a inteligência artificial como um divisor de águas, capaz de reconfigurar os rumos da civilização humana. A missão agora, segundo Hassabis, é garantir que esses avanços sejam usados com responsabilidade e ética.

Fonte: Wikipedia, Macnifico, Hardware e Msn.

Alan Correa
Alan Correa
Sou jornalista desde 2014 (MTB: 0075964/SP), com foco em reportagens para jornais, blogs e sites de notícias. Escrevo com apuração rigorosa, clareza e compromisso com a informação. Apaixonado por tecnologia e carros.