No próximo dia 12, comemora-se o Dia dos Namorados, e, no entanto, a maioria dos consumidores desconhece as taxas de tributação aplicadas aos principais produtos que compõem a lista de presentes mais procurados nesta época do ano.
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revela as taxas de impostos projetadas para este ano, as quais impactam no preço final para o consumidor. Por exemplo, os perfumes importados estão sujeitos a uma taxação de 78,99%, enquanto os nacionais possuem uma taxação de 69,13%.
No caso dos importados, o diretor do IBPT, Carlos Pinto, explicou que também são considerados o imposto de importação, o frete, a dolarização, o desembaraço aduaneiro e a taxa de comércio exterior, que aumentam o preço do produto internamente.
Os chocolates, frequentemente lembrados como presente em junho, são tributados em 39,61%, e as flores naturais possuem uma taxa de 17,71%. Objetos pessoais, como relógios, têm uma taxa de 56,14%, e joias possuem uma taxa de 50,44%. No caso de bijuterias, os impostos totalizam 43,36%.
Em relação aos livros, que não possuem tributação na saída, os impostos alcançam 15,52%, pois levam em consideração fatores como produção na indústria editorial, energia elétrica, equipamentos, funcionários, frete e gasolina. Outros produtos, como bolsas, são tributados com uma taxa que pode chegar a 39,95%. O preço dos presentes torna-se mais elevado para o consumidor devido às taxas de impostos aplicadas dentro do país.
Fundado em 1992, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) tem como objetivo principal o estudo minucioso do complexo sistema tributário brasileiro. Reconhecido por sua linguagem clara e precisa, o instituto busca fornecer à sociedade informações transparentes sobre a realidade tributária do país.
O IBPT realiza cálculos detalhados dos tributos diretos e indiretos presentes nas etapas de produção. Por meio de sua atuação, o instituto busca estabelecer bases e fundamentos que viabilizem a transparência fiscal, promovendo a conscientização tributária. Projetos como o Impostômetro e o De Olho no Imposto são exemplos das iniciativas do IBPT nesse sentido. O cadastro mantido pelo instituto é atualizado anualmente, ou sempre que ocorrem alterações na legislação tributária, como ocorreu recentemente com a mudança no ICMS.
*Com informações da Agência Brasil.