Vale a pena fazer um seguro viagem?

Viajar com certeza é um dos maiores prazeres que podemos ter. Conhecer novos lugares, ampliar nossos horizontes culturais e fazer novas amizades é algo impagável, insubstituível. Mas para que uma viagem atinja esse propósito, não pode ser estragada por problemas práticos, e o seguro de viagens deve fazer parte dos itens indispensáveis.
Publicado em Economia dia 20/10/2018 por Alan Corrêa

Viajar com certeza é um dos maiores prazeres que podemos ter. Conhecer novos lugares, ampliar nossos horizontes culturais e fazer novas amizades é algo impagável, insubstituível. Mas para que uma viagem atinja esse propósito, não pode ser estragada por problemas práticos, e o seguro de viagens deve fazer parte dos itens indispensáveis.

É importante contratar um seguro de viagens?

Por mais que as pessoas gostem de economizar, e queiram evitar gastos “supérfluos”, não é um bom negócio viajar sem um seguro adequado, seria mais ou menos como andar de moto sem capacete, pode não acontecer nada mas pode acontecer tudo.

Esse é o X da questão, não dá pra prever o que poderá acontecer. É como em seguros de automóveis, talvez você passe anos pagando sem nunca usar, mas o dia que precisar e não tiver as lágrimas serão amargas.

É obrigatório fazer o seguro de viagens?

Cada destino (país) tem regras próprias em relação à obrigatoriedade do seguro. Muitos países exigem o seguro para permitir a entrada de estrangeiro em seu território. Mas mesmo que não seja obrigatório, poderá evitar uma série de transtornos.

Como encontrar o melhor seguro de viagens?

Para encontrar o seguro mais adequado será preciso ver as normas que o país destino estipula. Por exemplo, os países europeus (em sua maioria) aderiram ao Tratado de Schengen que exige uma cobertura de assistência médica de no mínimo 30 mil euros.

Caso a pessoa tenha doenças crônicas convém ter uma assistência médica um pouco mais ampla que a comum. Os que praticam esportes radicais (o ski está incluído) também deveriam procurar por coberturas especiais a essas atividades.

Além da assistência médica é importante que o seguro contemple outros serviços, como o de repatriação, cobertura pelo extravio de bagagem, atendimento 24hs em seu idioma e, preferencialmente, não ter franquia.

Outro requisito que pode vir a ser bastante útil é a assistência jurídica. Com ela o cliente conta com uma garantia maior caso algo dê errado, como por exemplo o cancelamento de um vôo, que pode ser muito prejudicial para reuniões empresariais de grande porte.

O seguro gratuito do cartão de crédito é suficiente?

O seguro do cartão de crédito costuma ser bastante limitado, então, dependendo do destino, ele poderá não atender as expectativas e necessidades do viajante. Isso vai depender mais do destino ao qual se dirige do que propriamente ao cartão. É preciso ler todas aquelas letrinhas miúdas do contrato para saber exatamente o que a empresa di cartão oferece realmente.

Dica para usar o seguro, se necessário

A necessidade do uso do seguro de viagem, especialmente no quesito assistência médica, é inesperada. Por isso, é importante estar sempre preparado para acionar o serviço. Para isso, é bom ter a apólice do seguro impressa e guardada junto com seus documentos, bem como os números de telefone internacional para acioná-lo.

Alguns planos trabalham com uma rede credenciada, que é informada ao cliente no momento da contratação. Outras vezes o uso fica de livre escolha do cliente, que após o uso do serviço pode solicitar o reembolso.

Como contratar um seguro bom e barato?

Não é tarefa muito fácil pesquisar por um bom seguro que seja ao mesmo tempo barato. Mas para isso é possível recorrer a uma corretora, que fará a pesquisa em várias seguradoras e apresentará todos os orçamentos detalhadamente.

Uma dessas corretoras é a Seguros Promo, a qual conta com uma ampla rede de seguradoras em sua agenda telefônica. Eles trabalham com todo tipo de viajante e oferecem um leque amplo de opções com bons preços.

Isso, contudo, não impede que você faça suas próprias cotações. Se for paciente é possível que encontre preços melhores que o das corretoras, já que não haverá taxa de comissão.

Erros possíveis ao contratar um seguro de viagem

Essa parte do artigo é especialmente importante para quem não viaja com frequência e não tem o hábito de contratar seguro de viagem, pois ao fazê-lo pode cometer alguns erros inconvenientes.

O primeiro e maior erro é pensar que o seguro de viagem é uma extravagância desnecessária, ou um item supérfluo que não fará diferença a não ser por pesar no bolso. Erro crasso, pois se houver qualquer problema durante a viagem, ou mesmo se o país de destino exigir o seguro, a viagem e todo seu prazer vai por água abaixo.

O segundo erro é não comparar os preços e as coberturas do seguro de viagens. Com um pouso de pesquisa ou com a ajuda de uma corretora é possível encontrar preços bem melhores e com coberturas mais amplas.

Outro erro fatal é não ler a apólice – o que realmente é bem chato – e desconhecer o que ela oferece como cobertura em seus serviços. É preciso tirar um tempo da preparação da viagem para escolher um seguro que se adeque às suas necessidades.

Outro erro, pequeno mas que pode trazer aborrecimentos, é contratar o seguro a partir da data de chegada ao destino. Se você sair de sua casa no dia anterior – o que acontece na maioria dos casos – e sua bagagem for extraviada nesse dia, o seguro não oferecerá cobertura, já que foi contratado para a data da chegada ao destino.

Por fim, contratar um plano que seja distinto do seu real perfil de viajante. Por exemplo, se vai fazer esportes radicais e não contrata o seguro adequado, poderá ficar sem o atendimento adequado, o que poderá trazer grandes prejuízos. Ou mesmo se for gestante e não tiver uma assistência de saúde correspondente no plano e algo acontecer, o transtorno poderá arruinar a viagem e trazer sérios riscos à mãe e ao bebê. Não compensa economizar alguns “trocados” e por em risco sua vida ou sua saúde.

Diferença entre seguro viagem e assistência viagem

A principal diferença entre o seguro viagem e a assistência viagem é que no primeiro caso o viajante deverá arcar com os gastos no momento do atendimento (sempre respeitando os limites contratados) e pedir o reembolso posteriormente, apresentando os respectivos comprovantes. Já no caso da assistência viagem é o inverso, o viajante deve entrar em contato com a seguradora antes de utilizar o serviço, e ela indicará o local da prestação do serviço e fará o pagamento diretamente à prestadora.

Quanto custa em média um seguro de viagem?

O preço evidentemente varia bastante dependendo da corretora, do perfil do viajante, das coberturas contratadas, local de destino e outros fatores. De qualquer forma, com certeza será mais barato do que arcar com os gastos de uma emergência no estrangeiro. À guisa de exemplo, para um viajante de 70 anos com destino para os EUA com uma permanência de 11 dias, o preço do seguro varia entre R$ 280,00 a R$ 350,00; e para a França o valor é um pouco mais baixo que isso. Mas os fatores são demasiados para apresentar um preço definido.