Em resposta aos casos de gripe aviária registrados no estado, o governo do Espírito Santo tomou a medida de proibir o acesso ao Arquipélago das Três Ilhas e às demais ilhas da Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, localizadas nos municípios de Guarapari e Vila Velha, região metropolitana de Vitória. A proibição, que é por tempo indeterminado, abrange um total de oito ilhas.
O Arquipélago das Três Ilhas é composto por cinco ilhas: Quitongo, Cambaião, Guanchumbas, Leste-Oeste e Guararema. Além disso, a medida também afeta as ilhas Francisco Vaz, Toaninha e Alacaeira, que fazem parte da APA. A portaria conjunta da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial do estado nesta quinta-feira (8).
O Espírito Santo é o estado com o maior número de casos de gripe aviária no país, tendo confirmado 20 focos da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1). Até então, o Brasil nunca havia registrado a presença dessa doença em seu território.
No total, 30 focos em aves silvestres foram confirmados nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia. A maioria desses casos ocorreu em aves das espécies Thalasseus acuflavidus (popularmente conhecida como trinta-réis-de-bando) e Thalasseus maximus (trinta-réis-real).
O Ministério da Agricultura e Pecuária disponibilizou um painel online para consulta de casos confirmados, descartados e em investigação. A plataforma está disponível para acesso público e será atualizada duas vezes ao dia, às 13h e às 19h.
Além disso, o governo federal destinou um crédito extraordinário de R$ 200 milhões ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para ações de combate à gripe aviária. Com o estado de emergência zoossanitária em vigor no país, o Mapa informou que as medidas de controle e contenção serão intensificadas para evitar que a doença afete a produção de aves para subsistência e comercialização, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.
A orientação do Mapa é que a população não recolha aves doentes ou mortas que encontrar e que acione o serviço veterinário mais próximo. O governo ressalta que não houve alteração no status do Brasil em relação à influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, uma vez que não há registros na produção comercial.
*Com informações da Agência Brasil.