Num domingo aparentemente comum, Rafael Zulu viveu uma experiência que mudaria a forma como ele e muitas outras pessoas enxergam o consumo de energéticos. O ator, que estava com a família e aproveitava o dia assistindo a um jogo de futebol, ingeriu cerca de dois litros e meio da bebida, além de misturá-la com álcool. Horas depois, começou a sentir batimentos acelerados e dificuldade para respirar, sintomas que o levaram diretamente ao hospital.
Pontos Principais:
Sem histórico prévio de problemas cardíacos, Zulu se assustou com a situação, que evoluiu para um quadro de fibrilação atrial — condição médica que altera o ritmo dos batimentos do coração. Ele permaneceu internado por quatro dias, passando por tentativas de estabilização até que os batimentos voltassem ao padrão normal. O relato foi feito no programa “Sem Censura”, apresentado por Cissa Guimarães, onde o ator decidiu compartilhar sua vivência como forma de alerta.
A fibrilação atrial, segundo o Manual MSD, compromete a forma como o sangue é bombeado pelo coração e pode causar sintomas como fraqueza, tontura, falta de ar e até desmaios. A médica que atendeu o ator reforçou a gravidade do quadro, explicando que, sem o tratamento adequado, esse tipo de arritmia pode provocar insuficiência cardíaca e até um AVC por formação de coágulos.

O cardiologista Marcelo Bergamo, ouvido pelo jornal O Globo, destacou que os maiores riscos dos energéticos estão na combinação de substâncias estimulantes como cafeína, taurina e guaraná. Essa mistura potencializa a atividade cardíaca, aumentando a pressão arterial e, em pessoas predispostas, pode desencadear arritmias severas. Muitas vezes, os sintomas não aparecem imediatamente, o que dificulta a percepção do risco.
Além dos efeitos cardíacos, o consumo excessivo de energéticos também pode provocar insônia, ansiedade, tremores e elevação da pressão arterial. Esses sintomas afetam diretamente a qualidade de vida e podem ser especialmente perigosos para pessoas que já possuem doenças crônicas ou que combinam o energético com álcool ou outras drogas estimulantes.
Rafael Zulu mencionou que, até então, consumia a bebida com moderação e não esperava tamanha reação do organismo. Sua experiência reforça o alerta médico de que, mesmo em pessoas jovens e aparentemente saudáveis, o uso exagerado pode ter consequências graves. O relato contribui para o debate sobre a banalização do consumo dessas bebidas em eventos sociais, academias e entre jovens.
A moderação no uso de cafeína é recomendada, e o consumo pontual não costuma representar riscos para pessoas saudáveis. No entanto, o caso de Zulu mostra que os limites nem sempre são claros e que o desconhecimento sobre a quantidade ingerida pode levar a emergências médicas. O alerta vale para todos os públicos, especialmente os mais vulneráveis a efeitos cardiovasculares.
Fonte: Oglobo, Purepeople e iG.
