O termo utilizado para descrever o desvio da coluna vertebral no plano frontal é conhecido como escoliose. Esse desvio pode ser percebido ao observarmos a pessoa de frente, através da diferença na altura dos ombros e na inclinação lateral do tronco.
Cerca de 80% da população experimentará pelo menos duas crises de dor nas costas ao longo da vida, sendo a escoliose um dos principais motivos. Segundo informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde, a condição afeta entre 2% e 4% da população mundial, e não apenas os adultos, já que mais de 50 milhões de crianças foram diagnosticadas com escoliose em todo o mundo.
A escoliose idiopática, congênita e neuromuscular geralmente não causam dor e podem progredir sem serem notadas pelos pais, mesmo em estágios avançados. A deformidade tende a acentuar-se durante os picos de crescimento e pode ser percebida quando as crianças usam roupas de banho, durante atividades físicas na escola ou em consultas de rotina com o pediatra.
Existem três tipos principais de escoliose:
O tratamento da escoliose em crianças é baseado na evolução da deformidade e pode incluir exames físicos e radiografias.
É importante levar em consideração a idade biológica da criança, já que quanto mais jovem for, maior será o potencial de crescimento e progressão da deformidade.
No caso da escoliose idiopática, que é a forma mais comum em crianças e adolescentes, as radiografias panorâmicas são utilizadas como parâmetro e podem ser solicitadas a cada 6 meses durante os períodos de crescimento mais acentuado. Curvas com medição de Cobb de até 20 graus podem ser apenas observadas, entre 21 e 40 graus pode ser recomendado o uso de colete, desde que a criança ainda esteja em fase de crescimento.
Para curvas com mais de 40 graus, especialmente com potencial de crescimento, pode ser indicada a cirurgia corretiva. Vale ressaltar que o tratamento deve ser sempre individualizado, levando em consideração as características únicas de cada paciente.
Quando se tem escoliose, é importante evitar atividades que possam agravar a curvatura da coluna vertebral. Alguns exemplos de atividades que devem ser evitadas incluem:
Em geral, é importante ter um estilo de vida ativo e saudável, evitando atividades que possam agravar a escoliose. É importante também seguir o tratamento recomendado pelo médico e fazer exercícios específicos para fortalecer os músculos das costas e melhorar a postura.
*Com informações do Hospital Albert Einstein e BVSMS.