Teste revela se celulares modernos dispensam capinha após avanços em resistência de vidros

Enquanto fabricantes reforçam a resistência dos smartphones com tecnologias como Gorilla Glass e Ceramic Shield, um teste real de 30 dias sem capinha revelou que, apesar da durabilidade aprimorada, riscos ainda existem. A experiência expôs o dilema entre estética, status e segurança, com relatos de quedas e pequenos danos que ainda podem ocorrer.
Publicado por Alan Correa em Negócios e Tecnologia dia 28/04/2025

Com a evolução dos materiais utilizados em smartphones, a necessidade de capinhas de proteção passou a ser questionada. Um exemplo dessa tendência foi o teste realizado pelo jornalista Thomas Germain, que desafiou o uso convencional e permaneceu 30 dias utilizando seu celular sem qualquer proteção extra, apostando nas promessas de resistência dos fabricantes.

Pontos Principais:

  • Teste de 30 dias sem capinha revela riscos controlados, mas não nulos.
  • Vidros como Gorilla Glass e Ceramic Shield aumentam a resistência.
  • Exibir o smartphone sem proteção virou símbolo de status para alguns.
  • Especialistas alertam que, apesar dos avanços, danos ainda podem ocorrer.

O avanço das tecnologias, como o Ceramic Shield da Apple e o Gorilla Glass da Corning, trouxe mais robustez aos aparelhos. A produção desses vidros envolve processos complexos, como a troca iônica em altas temperaturas, o que cria superfícies mais resistentes a trincas e quedas. Ainda assim, apesar de os testes laboratoriais indicarem maior durabilidade, o risco de danos não desapareceu completamente.

Celulares atuais usam vidros como Gorilla Glass e Ceramic Shield, que prometem maior resistência. Mas será que já é seguro abandonar o uso de capinhas no dia a dia?
Celulares atuais usam vidros como Gorilla Glass e Ceramic Shield, que prometem maior resistência. Mas será que já é seguro abandonar o uso de capinhas no dia a dia?

O movimento a favor do uso “livre” de capinhas também cresceu por razões estéticas. Defensores argumentam que esconder o design refinado de smartphones caros com uma proteção plástica é um desperdício. Alguns até consideram um símbolo de status exibir o celular sem acessórios, confiando na robustez prometida pelas marcas para se diferenciar visualmente.

Fabricantes como Samsung, Xiaomi e Motorola equipam seus modelos com vidros de alta resistência, mas mesmo o mais avançado Gorilla Armor 2, utilizado no Galaxy S25 Ultra, mostrou limites. Em testes de laboratório, suportou quedas de até 2,2 metros, mas a própria Corning alerta que impactos mais severos ainda podem causar fissuras e danos visíveis.

Durante o experimento, Germain viu seu aparelho cair apenas uma vez de maneira significativa, no 26º dia. O celular rolou por uma escada, resultando em um pequeno corte na lateral. O episódio ilustra que, embora os avanços sejam reais, a completa imunidade a danos continua sendo uma promessa distante para usuários comuns.

Instituições como a Consumer Reports também atestam a evolução da resistência. Seus testes de queda mostram que, hoje, falhas são bem menos frequentes do que há uma década. No entanto, até especialistas que reconhecem esses avanços confessam que continuam usando capinhas, preferindo evitar custos com reparos.

No fim, a decisão entre usar ou não uma proteção extra permanece pessoal. O teste real confirma que viver sem capinha é possível, mas exige consciência de que o aparelho, embora resistente, não é indestrutível. A estética e a experiência do usuário ganham, mas com a condição de aceitar eventuais riscos.

Fonte: Gazetasp e Ndmais.

Alan Correa
Alan Correa
Sou jornalista desde 2014 (MTB: 0075964/SP), com foco em reportagens para jornais, blogs e sites de notícias. Escrevo com apuração rigorosa, clareza e compromisso com a informação. Apaixonado por tecnologia e carros.