Quando vamos ao teatro ou para apresentações de mágica sempre somos enganados, pois nós vemos coisas não como são, mas como nós somos. Portanto, podemos dizer que a realidade é um tipo de alucinação, ou seja, um sonho acordado.
Entender que “simples e compreensível” pode não ser realmente simples ou compreensível, e coisas que achamos serem complexas podem ser transformadas em simples e compreensíveis, é um modo de entendermos nós mesmos para superar nossas falhas.
Alan Kay é um educador e pioneiro em computação, em uma palestra TED de março de 2007 ele diz:
“Nós não podemos aprender a ver até que admitamos que somos cegos. Uma vez que você começar neste nível humilde então você pode começar a achar jeitos de ver as coisas. É essa mudança na perspectiva e o que é o que achamos que estamos percebendo, que nos ajudou a fazer mais progresso nos últimos quatrocentos anos do que fizemos no resto da história humana.”
“Então o que artistas fazem? Bem, o que artistas fazem é medir. Eles medem muito, muito cuidadosamente e se você medir muito, muito cuidadosamente com um braço rígido e um bom olho você vai ver que essas duas formas são exatamente do mesmo tamanho. E o Talmud viu isso há muito tempo atrás, dizendo: “Nós vemos coisas não como são, mas como nós somos.” Eu certamente gostaria de saber o que aconteceu com a pessoa que teve então, essa introspecção se eles realmente seguiram à conclusão final”
A partir disso, Alan Kay resolveu deixar as coisas mais simples, principalmente na hora de ensinar matemática para crianças, e criou um software especialmente para laptops de 100 dólares. Cuja a plataforma é bem simples e ensina sobre variável, aceleração, velocidade constante, entre outras coisas, de uma forma muito interessante, brincando de desenhar e atribuindo atividades para o desenho.
“É interessante. Vocês sabem o tanto de trabalho que crianças têm com variáveis, mas aprendendo deste modo, de maneira situada, eles jamais esquecerão dessa única experiência o que é uma variável e como usá-la.” Disse o educador.
Alan Kay ressalta que é preciso investir na crianças de hoje, pois elas serão nosso futuro. “Crianças são o futuro. E crianças no primeiro e segundo mundo, e mais especialmente no terceiro mundo, precisam de mentores. E nesse verão nós iremos construir cinco milhões desses laptops de 100 dólares e talvez mais 50 milhões ano que vem.” Relata ele.
Alan Kay também pensa em desenvolver uma interface do usuário, para capacitar professores a ensinar através dessa tecnologia.