Russell Brand compareceu nesta sexta-feira ao Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, para responder a denúncias graves de estupro, agressões sexuais e abuso psicológico. As acusações partiram de quatro mulheres e se referem a eventos ocorridos entre 1999 e 2005. O caso ganhou força após investigações conduzidas por veículos britânicos como o Sunday Times e o canal Channel 4, que deram voz aos relatos das vítimas.
Pontos Principais:
O ator, de 49 anos, foi acusado de estuprar uma mulher em Bournemouth, na costa sul da Inglaterra, em 1999. As demais alegações envolvem episódios em Westminster, no centro de Londres, registrados nos anos de 2001, 2004 e 2005. Ele foi interrogado pela polícia em novembro de 2023, mas nega todas as acusações. Desde então, vinha evitando aparições públicas até o chamado oficial da Justiça.

Durante a audiência, o juiz determinou que Brand permaneça em liberdade condicional até o próximo encontro marcado para 30 de maio na Corte Criminal Central. Uma das condições impostas é que ele informe continuamente sua localização às autoridades. A decisão de não mantê-lo detido foi criticada por parte da opinião pública, que acompanha de perto a repercussão do caso nas redes sociais e na imprensa internacional.
Russell Brand construiu uma carreira pública marcada por irreverência e polêmicas. Ele ganhou notoriedade no Reino Unido como apresentador de uma versão do Big Brother e estrelou comédias populares como O Pior Trabalho do Mundo e Rock of Ages. Nos últimos anos, assumiu um perfil ativista e influenciador digital, promovendo discursos considerados “anti-sistema” por seus seguidores.
O nome de Brand também atrai atenção por conta de seus relacionamentos públicos, incluindo o casamento com a cantora Katy Perry, encerrado em 2012. Desde 2017, ele é casado com Laura Brand, com quem tem três filhos. A combinação de fama, acusações e presença digital amplificou o alcance do caso, que agora será conduzido em nova etapa jurídica.
O processo judicial, além de delicado, revela um ambiente de escuta às vítimas de crimes sexuais no Reino Unido, incentivadas a denunciar mesmo décadas após os abusos. A postura do tribunal britânico, ao impor condições específicas e marcar nova data para o julgamento, reforça o cuidado com o andamento do caso, mas também gera tensão sobre os próximos desdobramentos.
Por ora, Brand aguarda em liberdade condicional. A Justiça britânica analisa documentos, depoimentos e evidências reunidas pela polícia metropolitana de Londres. A cobertura da imprensa internacional segue intensa, e a próxima audiência promete novos capítulos para um caso que mescla celebridade, escândalo e debate sobre violência sexual.
Fonte: Correiodopovo e Uol.
