Rodrigo Santoro foi o grande destaque da 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado, onde recebeu o Kikito de Cristal em homenagem aos seus 30 anos de carreira. A cerimônia de abertura, realizada na noite de sexta-feira (15), marcou o reconhecimento de uma trajetória que atravessa gerações e consolidou o ator como um dos nomes mais respeitados do cinema brasileiro no exterior.
No dia seguinte, Santoro surpreendeu ao participar ativamente da produção artesanal do troféu. Em visita à fábrica de cristal na Serra Gaúcha, manuseou equipamentos, assoprou o tubo que molda as peças e se envolveu em todas as etapas do processo. Brincou com os presentes dizendo que enviaria o objeto para a mãe, que acharia bonito qualquer trabalho feito pelo filho.

Curioso, fez perguntas sobre detalhes técnicos, desde o combustível da fornalha até a origem do material. Vestido com óculos de proteção, luvas e avental, encarnou um papel inédito em sua carreira. Ao lado da esposa, Mel Fronckowiak, também autografou uma camisa destinada ao filho de um dos funcionários da fábrica, não deixando de destacar sua ligação com o futebol, lembrando que, apesar da estampa rubro-negra, é vascaíno de origem.
Santoro ainda se divertiu com a apresentação de um artista que tira sons musicais de copos de cristal com água. Fascinado, tentou repetir a experiência e conseguiu entoar trechos de “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga. O episódio reforçou sua disposição em se envolver de forma genuína com as atividades culturais que cercaram sua homenagem no festival.
Na coletiva de imprensa, destacou a importância de Gramado em sua trajetória. Foi o primeiro festival que frequentou como espectador e, anos depois, retornou como homenageado. Ressaltou o simbolismo de receber o Kikito de Cristal às vésperas de seu aniversário de 50 anos, observando que a idade, mais do que um número, é um marco simbólico e um momento de reflexão pessoal.
Em meio às celebrações, também comentou sobre seus trabalhos recentes, como “O Filho de Mil Homens”, adaptação da obra de Valter Hugo Mãe dirigida por Daniel Rezende. O ator revelou que precisou recusar uma grande série estrangeira para se dedicar ao filme, decisão que foi validada quando o próprio autor português declarou que a adaptação superou suas expectativas.
Outra produção exibida em Gramado com sua participação foi “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro, reconhecido internacionalmente após conquistar o Urso de Prata no Festival de Berlim. Para Santoro, o momento é revelador da força crescente do cinema nacional, que ganha reconhecimento global não apenas por sua diversidade cultural, mas também por sua relevância artística.
Fonte: Instagram, Otempo e Gshow.
