Combinar não combina. O estilo despojada, melódico, sem se preocupar com técnica e velocidade, não tem muito a ver com os riffs cortantes do Megadeth. Slash sempre esteve mais ligado ao hard rock e rock´n´roll com raízes no blues. Ou seja, Heavy Metal e muito menos Trash Metal nunca foi bem a praia do músico. Black Sabbah, por exemplo, foi uma das poucos bandas que o influenciou; a coisa toda sempre girou em torno de Aerosmith, Alice Cooper, The Rolling Stones e até mesmo o UFO de Michael Schenker.
Como relata em sua autobiografia Slash (em parceria com o jornalista Anthony Bozza), um pouco antes do Guns N’Roses gravar o primeiro álbum e sem lugar certo pra morar, Slash travou amizade com Dave Mustaine do Megadeth, que, segundo Slash, era viciado em crack e heroína.
Os dois unidos pelo vício e amor pela guitarra começaram a sair juntos e obviamente a tocarem. Mustaine e Slash se deram tão bem que compuseram músicas juntos, e, na maior parte do tempo, sob efeito de drogas. Entre as andanças e criação de riffs pesados, Mustaine convidou Slash para entrar para o Megadeth, já que o Guns ainda penava para gravar o debut.
Slash em vez de Friedman? Quase, pois ele chegou a considerar a possibilidade, ainda mais que andava com a cabeça cheia de drogas. Porém, o destino ou o amor ao rock´n´roll predatório e sujo que o Guns N’Roses fazia à época falou mais alto.