Em uma incrível jornada no tempo, comemora-se o 30º aniversário do primeiro satélite desenvolvido no Brasil, que também conquistou um recorde mundial. O SCD-1, conhecido como Satélite de Coleta de Dados, foi concebido, fabricado e operado por cientistas brasileiros no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e lançado ao espaço em 1993.
Atualmente posicionado a 750 km de altitude, viajando a uma velocidade impressionante de 28 mil km/h, o SCD-1 leva uma hora e 40 minutos para dar uma volta completa na Terra, já tendo completado mais de 160 mil órbitas. Embora projetado originalmente para operar por apenas um ano, este notável artefato espacial já ultrapassou a marca dos 30 anos e 5 meses de serviço contínuo.
A longevidade impressionante do SCD-1 permitiu que ele superasse outros satélites, incluindo aqueles da renomada agência espacial norte-americana, a NASA, estabelecendo, assim, um recorde mundial. Este satélite é atualmente o equipamento de observação da Terra em operação há mais tempo. Entretanto, essa “joia clássica” está começando a perder potência e, frequentemente, requer um estímulo para continuar operando.
O SCD-1 é responsável por coletar informações cruciais, como umidade do ar, velocidade do vento e pressão atmosférica, que são fundamentais para a previsão do tempo e o monitoramento ambiental. No centro de controle de satélites do Inpe, um computador recebe constantemente os dados sobre a saúde desse “vovô dos satélites”, semelhante a um prontuário médico. Mesmo com sua energia diminuindo e sendo gradualmente substituído por equipamentos mais modernos, o SCD-1 é motivo de orgulho para todos aqueles que o acompanharam desde o seu lançamento.
Enquanto celebramos essas três décadas de sucesso espacial brasileiro, a esperança é que o legado do SCD-1 inspire futuros projetos e inovações científicas, impulsionando o país a novas conquistas nas fronteiras do conhecimento cósmico.
O Satélite de Coleta de Dados (SCD-1), o primeiro de uma série prevista pela Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), é hoje um fenômeno entre os satélites artificiais do mundo.