O BMW i3 foi o primeiro veículo elétrico a ser vendido no Brasil, em 2013, nas versões BEV e REX, sigla de Range Extender (alcance estendido, em tradução livre), este inclui um pequeno motor a combustão alimentado por gasolina de dois cilindros e 650 cilindradas, que atua como gerador de eletricidade, estendendo a autonomia do mesmo em até 60 quilômetros.
O novo projeto experimental do BMW Group Brasil, irá adotar etanol para alimentar esse motor.
No dia 28 de junho de 2021 o BMW Group Brasil anunciou seu projeto conceito de bio-eletrificação do extensor de autonomia do BMW i3 Rex, que visa aumentar a atratividade dos veículos elétricos no Brasil e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento de infraestrutura local, os benefícios da matriz energética brasileira como solução de efeito estufa e emissão de poluentes e o desenvolvimento de engenharia local.
Dentro da sua estratégia de mobilidade sustentável, o protótipo que recebeu o nome de BMW i3 Zero Impact Emission CO2 Neutral Ethanol Range Extender, teve a taxa de compressão aumentada de 10:1 para 14:1. Como resultado o i3 elétrico passa, assim, a ser neutro em emissões de CO2, já que os gases liberados pelo escape são reabsorvidos pelas plantações de cana-de-açúcar. O etanol pode ser reabastecido em estações normais de serviço de maneira prática, possibilitando novos deslocamentos.
O i3 manterá sua motorização original, de 170 cv de potência máxima (125 Kw) e torque de 250 Nm, a única troca será feita no propulsor auxiliar.
Todo o projeto foi desenvolvido pela divisão de engenharia local da empresa em parceria com a empresa AVL do Brasil.
“A inovação é algo que está no DNA do BMW Group desde sua fundação, há 105 anos. Esse projeto é mais uma demonstração desse caráter e mais um passo rumo ao futuro da mobilidade sustentável, e reforça nossa estratégia de avançar em eletrificação”, afirma Herbert Negele, Diretor de Engenharia do BMW Group Brasil.
A BMW ainda não divulgou quando a tecnologia será comercializada em série, mas a iniciativa está dentro dos compromisso da marca, em garantir a mobilidade sustentável no futuro, onde se comprometeu a ter 50% das suas vendas globais compostas por carros eletrificados até 2030. Também no mesmo prazo, o intuito da empresa é reduzir a emissão de CO2 em 80% na produção dos seus veículos, 40% no uso e 20% na cadeia de fornecedores, quando comparado com 2019.