Atualmente, as mídias sociais estão repletas de pessoas que oferecem oportunidades financeiras fáceis e rápidas, mas, quem garante que essas informações são verídicas?
Os golpes financeiros existem há anos, e depois da globalização causada pelo avanço da tecnologia, as coisas saíram do controle. Os famosos “arrasta para cima” se tornaram comuns em nossa rotina nas redes sociais, e grande parte deles não passam de enganação.
As promessas encantadoras de enriquecimento atraem muitas pessoas, e é desta forma que este sistema ilegal sobrevive. Mas, como escapar dessas ofertas tentadoras?
Há anos existem milhares de pessoas que tentam enriquecer fazendo propostas que prometem te enriquecer. Nos dias de hoje, o trabalho ficou mais fácil devido às redes sociais, mas a história sempre contou com golpistas. Em 1821, Gregor MacGregor viajou da América Central até Londres com o objetivo de convencer pessoas a comprar seu empreendimento: faixas de terra em um país recém descoberto chamado Poyais.
Histórias contavam que os rios deste país eram forrados com ouro puro, e que seu solo poderia produzir até três colheitas ao ano. Assim, milhares de pessoas trocaram libras pela moeda de Poyais a fim de comprar terrenos no país maravilhoso. Se fosse nos dias de hoje, MacGregor teria faturado cerca de 20 milhões de dólares. Porém, o problema disto é que Poyais nunca existiu, e Gregor apenas inventou esse conceito para enganar e roubar muitas pessoas que acreditaram que a história era verídica.
Os seres humanos são, em maioria, muito suscetíveis à confiar facilmente nas pessoas, e sabendo disso, alguns utilizam a lábia para convencer um indivíduo sobre um bom negócio. Alguns dos golpes mais comuns são por mensagens parabenizando alguém por ter recebido uma quantia alta em dinheiro, e em seguida pedem uma quantia adiantada em troca, que nunca será devolvida. Este tipo de golpe é chamado de “pagamento adiantado”. Outro golpe famoso atualmente é chamado de “Pump & Dump”, onde alguém induz um indivíduo a investir em ações que aparentemente estão em alta, mas logo que atingem um certo limite, todas as ações são vendidas e caem bruscamente, e seus investidores perdem todo o dinheiro investido.
Outro golpe muito famoso na história é o de Charles Ponzi nos anos 20, onde o mesmo prometia dobrar seu investimento em três meses. Porém, esta estratégia fazia parte de um esquema de pirâmide onde o primeiro investidor era pago com o dinheiro do último investidor, mas em alguma hora, este sistema quebra, e foi isso o que aconteceu. Outros dois esquemas também fazem parte do sistema de golpes financeiros, e estes são: pirâmide, MLM e coaching. O esquema de pirâmide consiste no convencimento de mais pessoas a participar. Já o MLM conta com produtos inúteis que são comercializados com a ajuda de pessoas recrutadas participantes do esquema. Já o coaching, faz com que você pague por um conhecimento sobre economia e finanças que não necessariamente é consistente e verídico.
A tática desses comerciantes se baseia em quatro passos: promessa fantástica, histórias pessoais de fortunas rápidas, testemunha de clientes supostamente satisfeitos e a criação de um senso de urgência.
Muitas vezes os golpes utilizam pontos chaves que são capazes de convencer um cliente porque se tratam de um ponto de fraqueza pessoal, desejo, ou até uma vontade de se sobressair perante aos demais. Além disso, também acredita-se que o ser humano possui complexos de “medo de perder uma grande chance”, o que significa que, ao ver uma grande oportunidade, as pessoas tendem a agarrá-las sem pensar duas vezes com medo de perder essa grande oferta. Este fenômeno é chamado de Fomo. Sendo assim, os seres humanos preferem correr risco do que ficar para trás.
Pessoas endividadas são as mais vulneráveis a esses tipos de golpes. Isto porque a necessidade fala mais alto que a razão, e essas ofertas tentadoras acabam convencendo o consumidor entrar nesses esquemas. Além disso, a falta de dinheiro também é um fator que pode induzir as pessoas a comprarem, visto que a negação é um agravante da vontade, portanto, quanto mais se nega, mais vontade se tem de comprar.