Por dívida de R$ 226 milhões, Justiça determina penhora da Arena do Grêmio

Nesta terça-feira, a Justiça de São Paulo determinou a penhora da Arena do Grêmio. A decisão foi emitida após um pedido feito pelo Banco Santander, Banrisul e Banco do Brasil, que foram financiadores na construção do estádio. O Grêmio optou por não comentar sobre o assunto.
Publicado em Esportes dia 14/06/2023 por Alan Corrêa

Nesta terça-feira, a Justiça de São Paulo determinou a penhora da Arena do Grêmio. A decisão foi emitida após um pedido feito pelo Banco Santander, Banrisul e Banco do Brasil, que foram financiadores na construção do estádio. O Grêmio optou por não comentar sobre o assunto.

A Arena Porto Alegrense, responsável pela administração do estádio, afirmou que a penhora é um “procedimento técnico inerente ao processo” e esclareceu que, como imóvel, apenas 8% da dívida pode ser respondida por contrato. A informação foi divulgada pelo colunista Jocimar Farina, em GZH, e confirmada pelo ge.

A celebração de inauguração do novo estádio foi realizada 8 de dezembro de 2012 (Vf moritz)
A celebração de inauguração do novo estádio foi realizada 8 de dezembro de 2012 (Vf moritz)

A ação movida pelos bancos envolve a Arena Porto Alegrense, a Karagounis (empresa controlada por um fundo de investimentos imobiliários ligados à Caxias) e a OAS Empreendimentos. O ge entrou em contato com as partes envolvidas e aguarda um posicionamento para atualizar a matéria.

O valor da dívida é de R$ 226 milhões. A decisão da juíza menciona não apenas o imóvel, mas também o direito de superfície. No entanto, cabe recurso contra a decisão. Os três bancos financiaram R$ 210 milhões na construção da Arena do Grêmio, mas apenas R$ 66 milhões foram pagos até o momento.

Desde 2022, os bancos têm cobrado o pagamento da dívida. O Grêmio ainda não concluiu a troca de chaves com as empresas, o que significa que o clube ainda detém a área do Estádio Olímpico e não a da Arena do Grêmio, que foi alienada como garantia para os financiadores.

Essa questão também tem gerado impasse com a Prefeitura de Porto Alegre, que deseja que as obras planejadas para a área do Olímpico sejam realizadas. Além disso, o Ministério Público gaúcho está cobrando da OAS e da Karagounis a execução das obras estipuladas no contrato, que deveriam ser realizadas nas proximidades da Arena.

*Com informações do Grêmio, UOL e GE.