Nesta terça-feira (20), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Catarse, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha especializada em falsificar diplomas e históricos escolares de cursos de medicina. O grupo utilizava esses documentos falsos para inscrever indivíduos como médicos nos conselhos regionais da categoria.
Cerca de 30 policiais federais estão envolvidos na ação, que cumpre quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em diferentes cidades, incluindo o Rio de Janeiro, Silva Jardim, Saquarema e Montes Claros. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A investigação teve início quando duas pessoas foram presas em flagrante, em abril de 2022, ao tentarem obter registros profissionais no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro utilizando diplomas e históricos escolares falsificados.
A primeira fase da Operação Catarse foi realizada em fevereiro de 2023, após as investigações decorrentes do flagrante anterior. Nessa fase, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema criminoso, incluindo duas clínicas médicas.
A ação de hoje tem como objetivo capturar os líderes da organização criminosa, desarticulando suas operações em vários estados do país. Além disso, pretende-se identificar mais falsos médicos e também profissionais de outras áreas que estejam atuando com base nas fraudes cometidas pela quadrilha.
Os crimes investigados pela Polícia Federal são falsificação de documento público, conforme o Artigo 297 do Código Penal, que prevê pena de dois a seis anos de reclusão, além de multa, e uso de documento falso, de acordo com o Artigo 304 do Código Penal, que também prevê as mesmas sanções.
A operação recebeu o nome de Catarse II por dar continuidade à Catarse I. O termo foi escolhido por sua origem filosófica, representando a ideia de limpeza ou purificação pessoal.
*Com informações da Agência Brasil.