A preferência atual de três em cada quatro trabalhadores é pelo modelo atual, em vez de um emprego com vínculo CLT. No entanto, sete em cada dez estariam dispostos a contribuir para a Previdência caso as empresas empregadoras automatizassem o processo.
Enquanto aguardam a regulamentação prometida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao trabalho por meio de aplicativos, motoristas e entregadores enfrentam um desafio que tem causado problemas em todo o mundo. Eles estão buscando obter maiores garantias de proteção social, ao mesmo tempo em que desejam preservar a autonomia que o trabalho por plataformas oferece.
“A flexibilidade atrai tanto quem busca uma renda extra como quem trabalha com o delivery como sua ocupação principal, mas quer encaixar isso no seu ritmo de vida e tem outras atividades, como estudar, afirma Debora Gershon, head de políticas públicas do iFood.
Os números correspondem a uma pesquisa conduzida pelo instituto Datafolha a pedido das empresas iFood e Uber, com uma amostra de 2,8 mil motoristas e entregadores em todo o Brasil. De acordo com o estudo, 89% dos participantes expressaram aprovação em relação aos novos direitos, desde que isso não afete sua flexibilidade e lhes permita continuar trabalhando em várias plataformas simultaneamente, além de escolher os horários e as viagens que desejam aceitar.
Além disso, 85% dos participantes indicaram a necessidade de obter uma renda extra, pois consideram insuficiente o que recebem mensalmente em outra atividade.
Para os entregadores, o trabalho com aplicativos representa uma oportunidade de obter uma renda adicional, conforme relatado por 74% dos entrevistados na pesquisa, além de possibilitar a definição dos horários e locais de trabalho, como afirmaram 70% dos participantes. Mais de metade dos entrevistados (57%) também destacaram que essa forma de trabalho oferece acesso fácil ao emprego.
*Com informações do iFood.