Pesca esportiva: Brasil tem um plano para fortalecer o turismo

O plano consiste em quatro programas principais: Geração e Gestão de Dados, Ordenamento da Pesca Amadora e Esportiva, Desenvolvimento da Pesca Amadora e Esportiva, e Promoção e Divulgação.
Publicado em Brasil dia 3/06/2023 por Alan Corrêa

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) anunciou nesta quarta-feira (31), em sua sede, o lançamento do Plano Nacional para o Desenvolvimento Sustentável da Pesca Amadora e Esportiva (PNPA). O objetivo desse plano é impulsionar o setor por meio de estratégias sustentáveis.

Construído de forma coletiva, o PNPA será desenvolvido ao longo dos próximos meses, com a realização de oficinas participativas em todo o país. Os servidores do MPA serão responsáveis por organizar e gerenciar essas atividades, além de compilar as propostas.

O plano consiste em quatro programas principais: Geração e Gestão de Dados, Ordenamento da Pesca Amadora e Esportiva, Desenvolvimento da Pesca Amadora e Esportiva, e Promoção e Divulgação.

A pesca amadora e esportiva está diretamente ligada ao turismo e à conservação ambiental. Na prática do “pesque e solte”, os peixes são capturados, medidos, pesados e devolvidos à água. Os pescadores costumam proteger as espécies, visando preservar os exemplares adultos, que são maiores em tamanho e peso, atendendo às preferências dos pescadores.

A riqueza da biodiversidade e hidrografia brasileiras atrai milhares de turistas ao país. Além disso, os brasileiros entusiastas da pesca amadora e esportiva também se deslocam por todo o território nacional, o que cria uma cadeia econômica relacionada ao turismo ambiental.

“A pesca amadora e esportiva une o Brasil de norte a sul do país. Esse plano representa mais um passo importante na gestão do Governo Federal e vai reforçar a presença de um setor estratégico para a economia do nosso país. Vamos atuar em parceria com os Ministérios do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA) e Turismo (MTur) para consolidar atividades que movimentem não só o turismo, mas as economias regionais em diferentes partes do Brasil”, destacou o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.

Expedito Neto, secretário Nacional de Pesca Industrial, Amadora e Esportiva do MPA, ressaltou que essa atividade movimenta cerca de 2 bilhões de dólares anualmente e gera aproximadamente 200 mil empregos no Brasil. Ele destacou a importância do plano para a valorização e conservação dos recursos naturais, bem como para o turismo, ecoturismo e turismo de base comunitária.

Atualmente, existem 301 mil licenças de pescadores amadores e esportivos emitidas. No entanto, a expectativa é que esse número aumente para pelo menos 900 mil nos próximos três anos. Neto mencionou que existem 100 campeonatos de pesca autorizados, mas é possível chegar a 200 por ano no Brasil.

O deputado Luiz Nishimori (PSD-PR), presidente da Frente Parlamentar Mista da Pesca e Aquicultura, reforçou o apoio do congresso ao MPA, incluindo o setor de pesca esportiva. Ele afirmou que ações como o lançamento desse plano possibilitam a organização do setor para seu crescimento.

Carina Pimenta, secretária Nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente, destacou que o plano lançado pelo MPA coloca a pesca amadora e esportiva em sintonia com os objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ela ressaltou a importância do trabalho conjunto entre os ministérios para garantir boas práticas em termos de ordenamento, monitoramento e registro.

Parceria

Jaqueline Gil, diretora de Marketing da Embratur, enfatizou que a promoção da sustentabilidade é fundamental para aumentar a visibilidade do Brasil no mercado internacional. A pesca esportiva movimenta mais de 200 bilhões de dólares globalmente, e o país busca uma fatia maior desse montante. Segundo ela, os estrangeiros têm a expectativa de que a atividade no Brasil esteja comprometida com a sustentabilidade ambiental, e o plano lançado está no caminho certo para atender a essas demandas.

Kelven Lopes, diretor da Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva, e Régis Portari, diretor da Confederação Brasileira de Pesca Esportiva, que representam o setor, comemoraram a criação do plano. Para eles, essa é uma área que há muito tempo merecia ser explorada.

Lopes ressaltou o potencial de emprego desse setor, enquanto Portari destacou as negociações em curso com 12 ministérios para estabelecer acordos e parcerias e criar condições favoráveis ao crescimento da pesca esportiva no Brasil.

*Com informações da TVBrasil, Embratur e GovBr.